Antes de discutirmos o
nome de um novo treinador para a seleção brasileira o assunto a ser debatido
é outro. Temos que descobrir um jeito de varrer da CBF toda a sujeirada que
vive sendo empurrada para baixo do tapete. Sem esquecer, claro, dos porcalhões
que deixaram essa imundície espalhada pelo futebol brasileiro e por outros
segmentos esportivos.
Difícil, não? De que
adianta ficar especulando quem pode assumir a seleção? Acho pouco provável, por
exemplo, que um profissional como o Guardiola, que vem causando frisson na mídia
brasileira, se disponha a vir aqui sujar o currículo nesse emaranhado de más
gestões e corrupção. Se fizer algumas consultas, pensar um pouquinho e usar de
bom senso, Guardiola recusará o desafio e permanecerá incomunicável pelo resto
da sua temporada sabática. Ou então se manterá ocupado com a luta da Catalunha
pela sua independência.
Quanto aos nomes brasileiros
vamos cair na mesmice. Desconfio do Abel Braga que, imaginem, seria a novidade.
Apesar de campeão recente com o Flu e muito badalado nacionalmente, não custa lembrar como foi campeão
mundial com o Inter, vencendo o Barcelona depois de tirar da cartola o Adriano
Gabiru. É um iluminado por estranhas luzes vindas não sei de onde. Cruzes.
Além do Abel a casa
oferece os de sempre. Felipão parou no tempo, Murici é muito ranzinza – não me
esqueço do Dunga – e Tite virou a menina dos olhos da imprensa por causa do
Corinthians. Só por isso. Até então era motivo de chacota pelas entrevistas,
pelo palavreado pastoral e pela incapacidade de ganhar grandes títulos.
Cariocas e paulistas tinham os dois pés atrás com ele.
Diante desse quadro
irreversível, a curto ou médio prazo, sugiro que deixemos tudo por conta dos
jogadores. Eles que se virem para juntar o grupo. Eles que escolham uma
comissão técnica sem técnico, mas com médico, fisiologista, preparador físico e
tudo o mais necessário ao bem estar dos selecionados.
Definam o capitão do
time, quem sabe até para discutir o esquema tático dentro do campo, de acordo
com o andamento do jogo. Sem esquecer que o eleito deve ter aquilo roxo para
enfrentar o que o frouxo do André Sanches, atual e não se sabe até quando,
diretor de seleções, chamou de “hierarquia”. Para demitir o Mano Menezes ele
aplicou o “manda quem pode, obedece quem precisa”. É coisa de quem não tem amor
próprio ou vergonha na cara, produto em falta no país não só nos meios
esportivos.
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