terça-feira, 20 de novembro de 2012

Il capo di tutti capi


Assembléia Geral: pode ser da CBF, FCF, COB...
O presidente da Federação Catarinense de Futebol não gosta mesmo de ostracismo e volta à cena sugerindo que o Avaí entregue o jogo para o Criciúma. Delfim Peixoto, um quarto de século de cartolagem na entidade que deveria gerir com seriedade e eficiência nosso futebol, declarou em alto e bom som que é favorável à marmelada no jogo da sexta-feira na Ressacada.

Só quem não conhece o Delfim e sua gestão à frente da FCF pode estranhar esse posicionamento a favor do jogo sujo e da trambicagem. Ele está acostumado a manobras do tipo. Afinal, para se perpetuar como presidente da “sua” Federação mudou o estatuto na cara e na coragem. Com a anuência da cartolagem, bando de vaquinhas de presépio sob o comando de Nilson Zunino, presidente do Avaí e da Associação de Clubes.


E vai continuar assim, apesar de o Romário ter começado em Brasília um movimento no Congresso por uma CPI do futebol. Ou da CBF, sei lá. Mais uma ação inócua de parlamentares em busca de holofotes. Houvesse seriedade de propósitos, a Bancada da Bola não só não existiria como não teria derrubado duas CPIs, uma da CBF, relatada pelo médico e Senador por Tubarão, Geraldo Althoff, outra da Nike, isso no final da década de 90.

Na época a CBF mantinha uma Embaixada em Brasília, numa mansão alugada que consumia 660 mil reais em despesas por ano. Esta mansão se tornou uma espécie de sede da tal Bancada da Bola. Ali, em partidas de futebol, festas concorridas, bem servidas de comidas, bebidas e outras atrações, parlamentares e cartolas confraternizavam e buscavam a orientação de RicardoTeixeira, naquele tempo o todo poderoso do futebol brasileiro e mundial.


Se alguém acredita em Papai Noel, Coelho da Páscoa e outros símbolos do gênero, pode então apostar que alguma coisa um dia ficará em ordem com o fim de Delfins, Teixeiras, Nuzmanns e outros da mesma estirpe mamando nas opulentas tetas esportivas deste país. E que nunca mais vamos ler ou ouvir propostas indecentes como a que vomitou Delfim em benefício do Criciúma, de repente seu filiado preferido.

Já existe até um projeto que impede a reeleição ilimitada de dirigentes de federações e confederações esportivas e restringe a quatro anos a duração máxima de um mandato. Está em fase de hibernação em alguma prateleira da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado. Continuem sonhando.


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