Deputado Marcelo Freixo
O cidadão vive tranquilo numa cidade dita maravilhosa, cumprindo com suas obrigações, criando os filhos ao lado da mulher, trabalhando pelo país. Até que um dia os milicianos, a nova praga dos morros cariocas, decidiu que ele tem que ir embora, trocar o Brasil por um exílio. Se não quiser morrer ou perder alguém da sua família terá que viver no exterior, em lugar incerto e não sabido. Em tempo de evitar que lhe destinem o mesmo fim daquela juíza assassinada recentemente
Esta é a nova realidade do deputado Marcelo Freixo, do PSOL, que de sua trincheira na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro combate as milícias organizadas. A resposta das autoridades de segurança, do governo do estado e da presidência da República foi zero. Ou seja, o combativo deputado, cumpridor dos seus deveres e ameaçado de morte por defender a sociedade que o elegeu, não recebeu nem de seus pares um mínimo de solidariedade.
Vá embora e pare de incomodar. É mais ou menos esse o significado do silêncio de uma nação inteira. Sim, da nação, porque fora a repercussão na mídia, mais nada aconteceu. Ninguém, em canto algum deste país, ou mesmo na sua cidade, levantou a voz ou organizou qualquer tipo de manifestação em defesa do deputado Marcelo. Valeu a pena ser o inspirador do filme “Tropa de Elite 2”? Parece que não. Constrangedor e perigoso porque maus exemplos como estes são um rastilho de pólvora.
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