Depois de uma overdose de esporte na cobertura dos Jogos Abertos e de alguns percalços pessoais que me tiraram a vontade de escrever, tentarei manter em dia a escrita. Começando pela grande polêmica da semana no futebol: quem errou mais, Neymar, Dorival Júnior ou o Santos?
Todo mundo pisou na bola nesse episódio constrangedor para todas as partes envolvidas. O jogador já deu provas suficientes da sua falta de educação. Essa história de garoto rebelde, coisa da idade, tem limites. Neymar acumulou atos de indisciplina e de incivilidade que não foram reprimidos nem em casa, tantas foram as manifestações de apoio do pai, tornadas públicas através da imprensa.
Por seu lado o treinador extrapolou na punição, prejudicando apenas o time, sem reflexos sobre a conduta do jogador. Deixá-lo fora até do banco e num clássico contra o Corinthians, provocou a intervenção dos dirigentes, diante dos prejuízos evidentes à equipe. Aqui outro erro,a demissão do Dorival. A não ser que ele tenha colocado na condição de irrevogável sua decisão de afastar o jogador até de um jogo tão importante. O clube está acima do conflito entre Neymar e o técnico, como ficou claro na decisão dos dirigentes.
Enfim, todo mundo errou feio na Vila Belmiro. Dorival, preocupado em preservar sua autoridade, exagerou na dose, provocando reação na mesma medida de outra autoridade, a presidência do Santos. Neymar nessa hora precisa vir a público com um pedido de desculpas sincero, jogando seu bom futebol e dando bons exemplos à meninada bem mais jovem que ele e que o toma como referência de craque. O Santos perdeu um bom treinador e vai ter dificuldade para arrumar outro em seguida, pela escassez da hora. Dorival já virou grife e pode arrumar logo novo emprego (São Paulo?). Neymar é que levará mais tempo para desfazer o estrago, melhorar sua imagem e apagar a fama de rebelde sem causa.
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