Luxemburgo, cara feia para o gosto amargo do fracasso
O endeusamento de profissionais que militam no futebol é o grande pecado da mídia esportiva brasileira. Qualquer destaque logo vira craque, fenômeno, grande técnico, o melhor preparador físico, um dirigente excepcional, e por aí vai. Não faltam adjetivos.
Vanderlei Luxenburgo é a mais nova vítima do excesso de expectativa e de elogios desmesurados ao seu trabalho. Vanderlei realmente é dono de um currículo invejável como técnico dos principais clubes do país, títulos estaduais e nacionais, e também com fracassos retumbantes memoráveis na seleção brasileira e no Real Madri.
“O melhor treinador do Brasil” acaba de ser demitido no Atlético Mineiro, depois de 15 derrotas no Brasileirão e de manter o time na zona de rebaixamento durante 15 rodadas. Será difícil reverter a situação, no mínimo curiosa, para um grupo que tem o goleiro Fábio Costa, o zagueiro Rever (recém convocado por Mano Menezes), o meia Ricardinho e os atacantes Diego Souza e Diego Tardelli, entre outros menos votados, mas todos bons jogadores.
Talvez seja melhor o “Luxa”, como alguns jornalistas bobamente o tratam, dar uma parada, tirar umas férias. Ultimamente por onde passou tem acumulado resultados negativos, sempre provocando a pergunta inevitável. O que está acontecendo com o elegante, bom de prosa e empresário bem sucedido, Vanderlei Luxamburgo? Ultrapassando os limites do pedantismo, misturando profissões inconciliáveis, parece que o “Luxa”, o treinador mais caro do Brasil junto com Muricy Ramalho e do Felipão, está virando lenda.
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