Florianópolis está muito bem representada nas duas séries principais do Campeonato Brasileiro. Mais que isso, o futebol catarinense sobe no conceito da mídia nacional que não pode mais ignorar um Avaí batendo os quatro maiores clubes paulistas, com vitórias no Morumbi e Vila Belmiro, e atuações de impressionar na Ressacada. O Corinthians, última vítima, jogou aqui com todos os titulares- o Ronaldão não conta mais -, sem desculpa, portanto, para a primeira derrota do Adilson Batista a frente da poderosa equipe paulista. Na série B o Figueirense não se contenta em vencer, tem que golear. É um candidato sério, mesmo que não seja o campeão, a figurar como o segundo representante de Santa Catarina na elite do futebol brasileiro em 2011.
O impressionante na campanha da dupla é que ela pertence a uma cidade essencialmente administrativa, sem o potencial econômico, por exemplo, de Blumenau e Joinville. E os joinvilenses que me perdoem, mas depois da era José Elias Giuliari, um Delfim Peixoto mais esperto e refinado, e da injeção de dinheiro na época por empresários da região, acabou-se o que era doce. O JEC nunca mais foi o mesmo. Delfim é do Vale e uniu-se a outras forças que lhe convinham mais, política e economicamente, incluindo a Capital. Afinal, o dinheiro da tevê e da arrecadação de jogos acaba respingando em gotas generosas nos cofres da Federação Catarinense.
Em Blumenau o futebol não decola pela falta de recursos e também por causa da imagem que tem esse esporte nas camadas sociais de maior poder aquisitivo. O conceito básico é que futebol é esporte de pobre e traz consigo alguns males que afligem atualmente nossa sociedade, como o álcool e as drogas. Lá preferem modalidades de quadra, principalmente vôlei, handebol e basquete. Preconceituosa ou não, é a máxima que vinga onde a renda per capita supera em muito o restante do Estado e o acesso à educação é amplo, em estabelecimentos de boa estrutura de ensino e bem equipados para a prática esportiva. Os resultados positivos nas participações blumenauenses em competições regionais e nacionais, bem como a revelação de atletas em número expressivo, carimbam esta realidade.
Melhoramos por aqui em primeiro lugar porque cortamos o cordão umbilical que nos ligava ao Rio de Janeiro. Não vemos mais nas arquibancadas camisas dos clubes cariocas, processo que se deu gradativamente, junto com a profissionalização de Avaí e Figueirense. Ainda passamos por altos e baixos, as conhecidas crises da gangorra, percalços naturais e comuns até aos grandes clubes brasileiros. No caso do Avaí o problema hoje é o acesso à Ressacada, o que lhe tira um bocado de torcedor, solução distante graças à incompetência e irresponsabilidade dos nossos políticos e administradores.
De qualquer forma já temos a certeza e a segurança de que nunca mais voltaremos ao estágio dos anos 70, aquele que nos mantinha fora do mapa do Brasil e longe da elite do futebol. Anda vamos andar muito nesse Brasileirão e tudo pode mudar de um turno para outro, mas os indícios são positivos, encaminhando o torcedor de Florianópolis para um final feliz em 2010.
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Há 3 horas
Boa noite, Mário.
ResponderExcluirEstou fazendo um TCC sobre a biografia do Saul Oliveira. Recebi indicações de pessoas como Fernando Linhares e Paulo Scarduelli para procurar-lhe com o intuito de conversar sobre o assunto.
Você poderia me dar um contato para falarmos a respeito?
Desde já agradeço.
Abraços
Rafael
rafaelxavier_4@hotmail.com