Em todo o tempo de Dunga à frente da seleção brasileira poucas vezes se viu uma atuação parecida com a dos meninos do Mano contra os Estados Unidos. Reunidos pela primeira vez com o novo técnico os garotos classificados de inexperientes e por isso mesmo inservíveis para a Copa do Mundo na África, Ganso, Neimar & Cia., mostraram personalidade e desenvoltura para uma primeira vez. O novo time deixou o torcedor com água na boca e cheio de esperança diante do que nos foi permitido ver em apenas um jogo e do que temos pela frente.
Claro que a amostragem foi pequena, ínfima para conclusões definitivas. Mas, que deu gosto ver a bola correndo rente ao gramado, de pé em pé, ah isso deu. O amadurecimento dessa turma virá com o tempo e com as experiências que precisam ser feitas por Mano Menezes, para confirmação de uns e desaprovação de outros.
O certo é que mais uma vez ficou comprovada a capacidade infinita de produzirmos bons jogadores. Alguns países levam décadas com reciclagem e renovação. A Espanha, por exemplo, desde que inventaram a Copa do Mundo só agora conseguiu montar uma seleção campeã. Nós deixamos de ganhar títulos na maioria das vezes por falta de organização e escolhas equivocadas, somadas a políticas esportivas mal conduzidas e oportunistas. Nunca por falta de talento e de condições técnicas de nossos jogadores.
No caso presente preocupa a falta de planejamento para 2014. Sem o devido suporte de uma estrutura adequada a partir das seleções de base e setores administrativos da CBF o trabalho de Mano Menezes e sua comissão técnica pode se perder pelo caminho. De quebra corremos o sério risco de assistirmos uma reedição piorada de 1950, sem conseguirmos chegar à grande final no Maracanã. Não é cedo para avaliações pessimistas. O passado nos deixou lições duras através de resultados catastróficos e previsíveis.
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Há 2 horas
Mario, a seleção encantou e como você disse, temos capacidade infinita de gerar craques. Mas Neymar e Ganso não faziam parte de um time formatado ao longo de quatro anos. Era preciso ter segurança para peitar uma Copa, não dava para improvisar. Poderia dar certo, mas era arriscado. Dunga não arriscou e saiu-se bem a maior parte da competição.
ResponderExcluirJogamos bem contra o Chile e fomos bravos contra Costa de Marfim. Nos atrapalhamos com os coreanos, cumprimos tabela com Portugal, e alguns jogadores brilharam, como Elano antes do coice, o Maicon, o Lucio e o Robinho. Dunga apostou no time que montou e foi impermeável às pressões. Há uma lógica em sua postura. É preciso sempre repor esses argumentos, pois usa-se Mano como o anti-Dunga.
Mano acha que futebol é momento. É arriscado. Duvido que ele desmonte um time vencedor na véspera da Copa porque houve uma súbita revelação. De mais a mais, celebro com você a boa perfomance da seleção nesta estréia e, como sempre, leio com prazer e proveito tudo o que escreves sobre esse jogo complicado que é futebol.
Excelente análise, Mario. Eu só acrescentaria que nós deixamos de ganhar títulos, muitas vezes, porque outras seleções foram melhores que a brasileira. Nem sempre a derrota é demérito do perdedor, pode ser mérito do vitorioso. Abraço!
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