Aproveitando a cortina de fumaça erguida pela Copa da África do Sul dirigentes de Avaí e Figueirense seguem aprontando. E como ninguém comenta, pergunta ou cobra alguma coisa a cartolagem nem disfarça mais. Faz tudo à luz do dia mesmo, sem medo de ser feliz, ainda que a custa da infelicidade dos seus torcedores. E tome campanha para novos sócios.
Então resolvi dar uma folguinha para vuvuzelas e jabulanis para comentar algumas travessuras da nossa dupla. O Figueirense, por exemplo, contrata e manda embora sem o mínimo critério, além de manter no elenco atacantes ineficientes como a dupla Júnior Negrão/Marcelo Nicácio. Seria melhor mandá-los como reforço para uma das seleções africanas que estão na Copa dando vexame. O técnico Márcio Goiano trabalha com os jovens, mas pede jogadores experientes. Dirigentes e parceiros fazem o contrário.
O resultado é que, sem um time forte, o Figueirense deixou de lutar na Copa Santa Catarina por uma vaga na Copa do Brasil do ano que vem. Quem não passa nem por uma competição mixuruca como essa da nossa Federação não merece mesmo outro destino. Tomem cuidado com o futuro na série B.
Pelos lados da Ressacada o rítmo de dirigentes, empresários e da comissão técnica liderada pelo treinador Péricles Chamusca é no sentido contrário, porém com o mesmo resultado. A campanha neste início do Campeonato Brasileiro é sintomática. Estão detonando com jogadores da base em troca de contratações recomendadas pela parceria.
Exemplo: acabaram com o futuro no Avaí do melhor volante de Santa Catarina, o jovem Rodrigo Thiesen, de apenas 23 anos e do seu companheiro Johny, que voltou às divisões de base. Depois de várias manobras do Chamusca & Cia para desgastar Thiesen - não sei com que propósito - junto à torcida, mandaram-no embora para o Vila Nova de Goiás, atualmente na segunda divisão do Brasileiro. Desculpa: ele precisa ganhar experiência.
Só que dez dos novos contratados também são jovens como Thiesen. O lateral Pará, o meia Robinho e o atacante Marcelinho têm 23 anos; o zagueiro Juninho tem 20; o meia Matheus, os zagueiros Branca e Clayton e o lateral Patric têm 21; o atacante Anselmo Ramon e o volante Roberto Silva têm 22 anos. Acrescentemos nesta lista os mais velhos que não jogam como Sávio, Leonardo e Vandinho, mais Fredson e Dinelson, todos assíduos freqüentadores do departamento médico. Na ponta do lápis a conta fecha no vermelho e o detector de mentiras explode.
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