terça-feira, 25 de setembro de 2007

Terça-feira

O que faz a diferença

O prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinubing, assinou domingo a ordem de serviço para as obras de recuperação do ginásio “Galegão”. Trata-se de um investimento de R$ 5 milhões que capacitará aquela antiga praça esportiva para voltar a receber cerca de três mil espectadores, em shows ou competições. É mais um equipamento integrado ao Parque Vila Germânica, para dar suporte ao desenvolvimento das atividades culturais e esportivas da região, com parte dos recursos repassada pelo Fundesporte, com captação entre mais de 20 empresas. Tem sido essa a resposta à comunidade também em cidades de pequeno e médio porte por toda Santa Catarina. Menos na capital do Estado, entregue a especulação imobiliária, ao descaso do governo estadual e à incompetência de seus administradores do esporte e do município.

É o fim

A derrota brasileira para a Áustria por 4 a 1, em Insbruck, mantém nosso tênis no zonal americano da Copa Davis, enquanto os austríacos voltam ao grupo de elite. Está acabando um período de ouro para o Brasil e, com ele, o interesse no país por uma modalidade que vive de ciclos e de raros talentos. Teve Thomaz Koch junto com Maria Éster Bueno, depois Marcos Hocevar, Luís Mattar e, por último, o brilho catarinense com Guga Kuerten.

Brasileiros

O Figueirense perdeu naturalmente para o São Paulo e ficou, junto com Goiás e Flamengo, a um ponto do rebaixamento: 34 a 33 pontos do Corinthians, que empata com Atlético MG e Náutico, mas perde no critério técnico. É crítico para quem na próxima rodada precisa enfrentar o Cruzeiro em Belo Horizonte. Ganhando do CRB em Florianópolis o Avaí botou a cabeça fora da água na série B e subiu duas posições. Com 34 pontos, dois acima do Paulista, primeiro rebaixado, os avaianos continuam alertas, pois agora jogarão fora contra Ceará, inimigo direto, e o vice-líder Ipatinga. O Criciúma perdeu de novo, mas segue em quarto lugar classificado para a série A, empatado em 41 pontos com o Vitória e Portuguesa, e um ponto apenas a frente do Brasiliense. O técnico Roberto Cavalo espera reagir em casa na seqüência contra Remo e o próprio Brasiliense. Como queimou as gorduras que acumulara liderando 18 rodadas, tropeço em um destes dois jogos reduz chances de classificação a quase zero.

Na cabeça

A semana correu com discussões envolvendo galo, coelho, raposa e foca, como se o noticiário tratasse daquela loteria não oficial cujos resultados todo mundo toma conhecimento e sabe onde apostar. A polêmica em questão, provocada pelo “drible da foca”, aplicado pelo cruzeirense Kerlon em cima do atleticano Coelho, acabou revelando dados interessantes sobre o campeonato brasileiro. Levantamento feito por jornal paulista denuncia que somos os mais violentos, com média altíssima de 44 faltas por jogo, contra 39 na Espanha, 38 da Itália e 24 na Inglaterra. A conclusão básica é que os jogadores não se respeitam e há treinadores orientando para o jogo violento. Ninguém esquece Joel Santana, à beira do gramado, mandando seus comandados no Flamengo responderem com “porrada” às gracinhas adversárias. Foi absolvido no STJD.

Na lama

O ex-presidente do Corinthians, Alberto Dualib, em uma de suas declarações gravadas pela Polícia Federal, afirma que o seu clube ganhou o título brasileiro de 2005 roubado. Foi, realmente, uma competição cercada de suspeitas, com participação direta do árbitro Edílson Pereira de Carvalho, que acabou preso e banido do futebol. Onze jogos apitados por Edílson foram repetidos e Márcio Rezende de Freitas, o mineiro que se aposentou na Federação Catarinense sob os auspícios do doutor Delfim, deixou de marcar um pênalti (jogo em 1 a 1) a favor do Internacional e expulsou Tinga. Márcio alegou que o jogador colorado teria simulado uma falta em lance envolvendo o goleiro Fábio Costa, na época no Corinthians. Erro mais tarde assumido publicamente pelo árbitro.

Na contramão

Os clubes com melhor estrutura dão muita sustentação às divisões de base, revelam talentos e fazem bons negócios. Em alguns casos e somando essa a outras medidas administrativas, o resultado é compensador, garantindo inclusive lastro para montagem de boas equipes. Quem não age assim, preferindo abrir as portas a jogadores de empresários ou parcerias mal explicadas, termina por dilapidar o patrimônio do clube e fica décadas sem uma única conquista. Avaí, Marcílio Dias e Joinville estão nessa turma.

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