terça-feira, 26 de junho de 2007

Terça-feira

Lamas

Um dos maiores profissionais do foto-jornalismo brasileiro, Olívio Lamas, morreu aos 58 anos sábado, em Garopaba, à beira da Lagoa de Ibiraquera, onde morava. Coroado com os prêmios “Esso” e “Vladmir Herzog dos Direitos Humanos”, os dois maiores lauréis da imprensa brasileira Lamas, além de fotógrafo competente, era um companheirão para todas as horas. Tolerância zero em matéria de safadezas, profissionais ou não, ele deixou sua marca nos jornais Zero Hora, O Globo e Jornal do Brasil, além de incontáveis atividades longe das redações. Como estou fora de Santa Catarina no momento, não pude acompanhar as últimas homenagens ao amigo. Ficam meus votos de pesar aos filhos e à Elizabeth, sua mulher, junto com a repulsa pelas demonstrações explícitas de demagogia e oportunismo, minutos antes do seu sepultamento. Não nos livramos da politicalha nem na hora da morte.

Nós no Brasileiro

Ocupamos os extremos da tabela na série B, com o Criciúma lá em cima, na liderança, e o Avaí ladeira abaixo, segurando a lanterna com apenas quatro pontos. O Figueirense, aos trancos e barrancos vai se mantendo nas posições intermediárias, mas precisa de bons resultados diante de São Paulo e Cruzeiro, próximos adversários em casa. A arrogância do técnico Mário Sérgio começa a provocar os primeiros efeitos negativos, no Orlando Scarpelli e nas viagens do time. Talvez a ausência do assessor de imprensa titular, JB Telles, a serviço da CBF na Venezuela, seja uma das razões para essas alterações de humor e de comportamento.

Trocadalhos

O Grêmio, vitorioso no Grenal, transferiu para o Inter os problemas de um time irregular, além de consolar sua torcida pela derrota na Libertadores. Trocadilhando, os gremistas cantaram de Gallo no Beira Rio, deixando torcedores do Inter à beira de um ataque de nervos e seu treinador próximo do olho da rua.

Plim Plim

Parece que a Globo resolveu desdenhar não só a Copa América, mas também seus milhões de telespectadores. Revista Veja desta semana revela que o insuportável trio Galvão Bueno, Falcão e Arnaldo César Coelho ficará no Brasil, transmitindo os jogos trancados em um estúdio, à frente de um aparelho de televisão.

Efeito Riquelme

O sexto título na Libertadores, conquistado nos jogos finais contra o Grêmio, deu um glorioso empurrão na carreira política do presidente do Boca Juniors, Maurício Macri, que acaba de ser eleito prefeito de Buenos Aires. Político de centro-direita, Macri obteve 60% dos votos em 75% de urnas apuradas.

Nudez castigada

Depois daquele fatídico jogo entre Botafogo e Figueirense, no Maracanã, a auxiliar Ana Paula de Oliveira mudou radicalmente o rumo de sua vida e de sua carreira. Perdeu a confiança dos machões e machistas que controlam (?) a arbitragem brasileira, tirou a roupa para a edição de julho da Playboy e ficou sem as credenciais da FIFA.

Discurso velho

A Copa América ainda nem começou e Dunga já repete o lero lero dos técnicos que assumem a seleção lamentando a falta de tempo para treinamentos. Além de soar como uma desculpa antecipada diante da possibilidade de eventuais maus resultados, a fala de Dunga repete Parreira e outros tantos que ocuparam o cargo. A função de um treinador a frente de qualquer equipe, especialmente a seleção, não é só distribuir camisas, mas encontrar soluções para superar dificuldades criadas pela desorganização do futebol brasileiro.

Vida nova

Tomara que a nova velha Arena ajude o Joinville a tomar um rumo na vida. Embora só estádio bonito não leve um clube a lugar nenhum, principalmente ao saneamento de suas finanças e à formação de um bom time.

Precipitação

Todos os anos repetem-se as análises apressadas nas duas séries do Brasileiro. Claro que há motivos para preocupação com o desempenho de algumas equipes, mas é muito cedo para apontar favoritos ao título ou candidatos ao rebaixamento.




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