quinta-feira, 21 de junho de 2007

Quinta-feira



Filme antigo

Acompanho diariamente os programas esportivos de rádio e tevê direto da Granja Comary onde a seleção brasileira faz sua preparação para a Copa América. A CBF, tudo indica, não aprendeu a lição da Copa da Alemanha, quando escancarou as portas da concentração e transformou o trabalho da Comissão Técnica e dos jogadores em um espetáculo circense. Excesso de exposição com entrevistas a toda hora, invasões de gramado, vestiários e hotéis, e falta total de privacidade, prejudicaram visivelmente a preparação de Parreira e seus comandados. Deu no que deu.

Novos tempos

Gozado é que até a rigidez do Dunga arrefeceu. Ele já deu a entender, em várias entrevistas, que o capitão do time agora deve ter um estilo diferente do seu. O ex-jogador e agora técnico prefere uma versão light, oposta daquela que conhecemos na Copa dos Estados Unidos.

Esconde-esconde

Alguém sabe que a Federação Catarinense de Futebol organiza um campeonato estadual para as divisões de base? Pois ele existe, liderado pelo Figueirense nos juvenis e pelo Atlético de Ibirama nos juniores. Tudo muito bem escondidinho que é para ninguém ficar sabendo. Aliás, não entendo porque os gramados ficam vazios e sem nenhum atrativo para o torcedor antes dos jogos entre os profissionais. As preliminares tem hoje outro significado, nada a ver com futebol.

Teimosia

A dispensa de Zé Teodoro dá seqüência a um ciclo com números impressionantes no Avaí. Do início de 2006 até aqui passaram sete treinadores pelo clube sem que o time dê a resposta em campo. A situação do presidente avaiano, João Nilson Zunino, começa a ficar parecida com a de Renan Calheiros no Senado. Ambos resistem à idéia da renúncia.

Replay

O Joinville vive problemas semelhantes aos do Avaí e com mais gravidade. Acaba de afastar o fantasma do rebaixamento (se não houver punição no TJD), mantendo-se na divisão principal do futebol catarinense, mas ainda assim demitindo outro treinador. A bola da vez foi Barbieri, responsabilizado não se sabe exatamente por qual das trapalhadas patrocinadas por seus dirigentes nos últimos tempos.

Diferença

Tivesse o Figueirense passado pela metade das turbulências de Avaí, Joinville e outros menos votados, o estádio Orlando Scarpelli estaria no chão. A goleada sofrida sábado diante do Atlético, a tentativa de gandaia de Ramon no hotel em Belo Horizonte, e o surgimento do novo “gato”, o zagueiro Michel Schmoller, pelo menos por enquanto não trouxeram grandes prejuízos ao clube. Aparentemente está tudo sob controle.

Qual é?

A única coisa que continua fora de ordem e sem explicação convincente é o comportamento do técnico Mário Sérgio. Ele mantém sua pose de soberba e não comparece a nenhum tipo de programa esportivo em Florianópolis. Para quem conhece os dois lados do balcão (foi comentarista de tevê) e tem a vivência do Mário no futebol, a postura deveria ser outra. Ele jamais trataria jornalistas de São Paulo ou Rio de Janeiro com o desdém reservado à mídia tupiniquim.

Presentão

Aquela belezoca travestida de bandeirinha, a Ana Paula de Oliveira, resolveu jogar (ou tirar) a toalha e abandonar a arbitragem. Depois dos problemas por causa dos erros no jogo entre Botafogo e Figueirense ela foi discriminatoriamente punida pela CBF. Decidiu então, com apoio da zelosa mamãe, trocar os gramados da quarta divisão paulista, onde estava exilada, pelas páginas da Playboy de julho. Mês do meu aniversário.

Free way

Homens da Polícia Rodoviária Federal foram incumbidos de escoltar torcedores argentinos no trajeto Uruguaiana/Porto Alegre – 1.300 km ida e volta – por causa da decisão da Libertadores entre Grêmio e Boca Juniors. Nossos policiais viraram babás de argentinos.

Elementar

Carlos Alberto e Michel Schmoller, os “gatos” da hora, são exemplos contundentes de como alguns pais, por conta própria ou mal orientados, pensam o futuro profissional de seus filhos.









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