Ainda não consegui entender o conceito das nossas autoridades sobre cidade turística. Só as belezas naturais não sustentam os slogans que gostam de inventar para mostrar Florianópolis como um dos endereços mais cobiçados para o turismo de temporada.
Os portões de acesso à capital turística do Mercosul, como gostam de arrotar, estão em estado lamentável. O aeroporto é aquilo que todo mundo sabe, em matéria de capacidade, conforto e acesso. Pelo norte a BR-101 vive aos remendos, conserta aqui, conserta ali, para a duplicação aguentar o fluxo sobre um asfalto de quinta. Pelo Sul é muito pior por causa do risco de vida devido às obras incompletas e sinalização com a cara e incompetência do DNIT.
Remexo nessas indecências da administração pública porque fui obrigado a andar pela rodoviária Rita Maria. A manhã estava tranqüila, sem aqueles atropelos do trânsito na região, mas uma estada ainda que rápida por um prédio que nasceu como um cartão postal de Florianópolis tira qualquer um do sério.
A passarela sobre a Avenida Paulo Fontes está podre, com o teto comido pela ferrugem, sem lâmpadas e, acreditem, com mato crescendo em alguns pontos. No piso já dá pra enxergar os buracos e o ferro aparecendo, resultado do desgaste do concreto. A sujeira mistura-se com mais um pouco de mato. Uma imundície vergonhosa. No pátio do estacionamento, pago, a buraqueira não é nada discreta. Tem cratera de todo o tamanho.
Lá dentro, sob a escuridão pela falta de lâmpadas e a penumbra provocada por aquela “cor-de-burro-quando-foge”, são visíveis a falta de manutenção e o desleixo. As cadeiras são velhas e muitas estão quebradas. Há espaços imensos sem aproveitamento e os novos e raros locatários não ajudaram a melhorar em nada o aspecto lúgubre do prédio.
Quem deveria cuidar de tudo isso não tem tempo disponível. É árdua a tarefa do faz de conta. Eles fingem que trabalham e planejam. E ainda tem otário que acredita e vai às urnas para torná-los quase vitalícios em suas funções, especialistas em safadeza e descaso com a coisa pública.
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