segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Falta é vergonha na cara, não técnico



Antes de discutirmos o nome de um novo treinador para a seleção brasileira o assunto a ser debatido é outro. Temos que descobrir um jeito de varrer da CBF toda a sujeirada que vive sendo empurrada para baixo do tapete. Sem esquecer, claro, dos porcalhões que deixaram essa imundície espalhada pelo futebol brasileiro e por outros segmentos esportivos.

Difícil, não? De que adianta ficar especulando quem pode assumir a seleção? Acho pouco provável, por exemplo, que um profissional como o Guardiola, que vem causando frisson na mídia brasileira, se disponha a vir aqui sujar o currículo nesse emaranhado de más gestões e corrupção. Se fizer algumas consultas, pensar um pouquinho e usar de bom senso, Guardiola recusará o desafio e permanecerá incomunicável pelo resto da sua temporada sabática. Ou então se manterá ocupado com a luta da Catalunha pela sua independência.

Quanto aos nomes brasileiros vamos cair na mesmice. Desconfio do Abel Braga que, imaginem, seria a novidade. Apesar de campeão recente com o Flu e muito badalado nacionalmente, não custa lembrar como foi campeão mundial com o Inter, vencendo o Barcelona depois de tirar da cartola o Adriano Gabiru. É um iluminado por estranhas luzes vindas não sei de onde. Cruzes.

Além do Abel a casa oferece os de sempre. Felipão parou no tempo, Murici é muito ranzinza – não me esqueço do Dunga – e Tite virou a menina dos olhos da imprensa por causa do Corinthians. Só por isso. Até então era motivo de chacota pelas entrevistas, pelo palavreado pastoral e pela incapacidade de ganhar grandes títulos. Cariocas e paulistas tinham os dois pés atrás com ele.

Diante desse quadro irreversível, a curto ou médio prazo, sugiro que deixemos tudo por conta dos jogadores. Eles que se virem para juntar o grupo. Eles que escolham uma comissão técnica sem técnico, mas com médico, fisiologista, preparador físico e tudo o mais necessário ao bem estar dos selecionados.

Definam o capitão do time, quem sabe até para discutir o esquema tático dentro do campo, de acordo com o andamento do jogo. Sem esquecer que o eleito deve ter aquilo roxo para enfrentar o que o frouxo do André Sanches, atual e não se sabe até quando, diretor de seleções, chamou de “hierarquia”. Para demitir o Mano Menezes ele aplicou o “manda quem pode, obedece quem precisa”. É coisa de quem não tem amor próprio ou vergonha na cara, produto em falta no país não só nos meios esportivos.

Revirando o baú



1971 - Esta foto foi tirada em outubro, novembro, imagino, nos fundos do Jornal de Santa Catarina, em Blumenau, na antiga sede dos altos da Rua São Paulo.



O JSC nasceu em 21 de setembro daquele ano. 


Da esquerda pro outro lado, Cinara Hack(se bem me lembro, chefe de redação), Nestor Fedrizzi(editor chefe, sócio no jornal, responsável pela maluquice e com paciência necesária pra aguentar essa turma), Renan Sedano Ruiz (diagramador, cabeludo, meio encoberto pelo Fedrizzi), Sérgio Becker (redator e repórter de texto perfeito), este saudosista, (meio bombril na redação, na época também meio riponga), José Antônio Ribeiro, (Gaguinho, um dos editores mais competentes que conheci) e o esfuziante Nei Duclós (jornalista, escritor, poeta, hoje homiziado nos Inglêses).

Fedrizzi e Gaguinho já foram, os demais ainda andam incomodando por aí. Alguns mais, outros menos.

sábado, 24 de novembro de 2012

Mudam as moscas, mas...



Tiraram o Mano. Ele colheu o que plantou. E quem tira essa corja que dirige a CBF e federações? Ou pensam que afastando um treinador que não se escondeu, como outros, quando foi chamado, vão resolver o problema do futebol brasileiro?

Eu também não gostava do Mano Menezes por suas contradições expressadas em algumas convocações, escalações, e ausências de jogadores que poderiam ser experimentados nesta fase de renovação. Mas, daí a achar que o próximo vai montar um supertime e aproxima-lo do torcedor, vai uma distância muito grande.

Tão grande quanto é a milhagem de uma seleção que só joga fora do Brasil para atender compromissos nunca bem explicados e assumidos pela cúpula que administra nosso futebol com incompetência e muita safadeza.

Afinal, não foi por nada que Ricardo Teixeira saiu de fininho, pela porta dos fundos, e encontra-se em lugar incerto e não sabido.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Esse time dá sono

Sono da torcida contagiou o treinador

Diego Cavalieri e Fred, nunca convocados enquanto o Fluminense disputava o título, agora viraram titulares. E o Fellype Gabriel, contestado até pela torcida do seu clube, o Botafogo, também caiu nas graças do nosso treinador para jogar justo na Bombonera contra a Argentina. Cada vez tenho mais convicção de que existe muita "treta" nessas convocações e escalações estapafúrdias.

O distanciamento da torcida aumenta jogo a jogo, de preferência fora do país. Os treinamentos são fechados. Para enganar quem? Um adversário de amistoso, a milhas de distância e sem preocupações com espionagem ou coisas do gênero? Estamos cada vez mais perto das competições que realmente nos interessam e ainda não temos um time base. A única certeza do torcedor á a escalação do Neymar, na seleção de muitas firulas e comprometimento moleque até para cobrar um pênalti.

O que me deixa danado é que ninguém pergunta nada ao Mano Menezes. 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Il capo di tutti capi


Assembléia Geral: pode ser da CBF, FCF, COB...
O presidente da Federação Catarinense de Futebol não gosta mesmo de ostracismo e volta à cena sugerindo que o Avaí entregue o jogo para o Criciúma. Delfim Peixoto, um quarto de século de cartolagem na entidade que deveria gerir com seriedade e eficiência nosso futebol, declarou em alto e bom som que é favorável à marmelada no jogo da sexta-feira na Ressacada.

Só quem não conhece o Delfim e sua gestão à frente da FCF pode estranhar esse posicionamento a favor do jogo sujo e da trambicagem. Ele está acostumado a manobras do tipo. Afinal, para se perpetuar como presidente da “sua” Federação mudou o estatuto na cara e na coragem. Com a anuência da cartolagem, bando de vaquinhas de presépio sob o comando de Nilson Zunino, presidente do Avaí e da Associação de Clubes.


E vai continuar assim, apesar de o Romário ter começado em Brasília um movimento no Congresso por uma CPI do futebol. Ou da CBF, sei lá. Mais uma ação inócua de parlamentares em busca de holofotes. Houvesse seriedade de propósitos, a Bancada da Bola não só não existiria como não teria derrubado duas CPIs, uma da CBF, relatada pelo médico e Senador por Tubarão, Geraldo Althoff, outra da Nike, isso no final da década de 90.

Na época a CBF mantinha uma Embaixada em Brasília, numa mansão alugada que consumia 660 mil reais em despesas por ano. Esta mansão se tornou uma espécie de sede da tal Bancada da Bola. Ali, em partidas de futebol, festas concorridas, bem servidas de comidas, bebidas e outras atrações, parlamentares e cartolas confraternizavam e buscavam a orientação de RicardoTeixeira, naquele tempo o todo poderoso do futebol brasileiro e mundial.


Se alguém acredita em Papai Noel, Coelho da Páscoa e outros símbolos do gênero, pode então apostar que alguma coisa um dia ficará em ordem com o fim de Delfins, Teixeiras, Nuzmanns e outros da mesma estirpe mamando nas opulentas tetas esportivas deste país. E que nunca mais vamos ler ou ouvir propostas indecentes como a que vomitou Delfim em benefício do Criciúma, de repente seu filiado preferido.

Já existe até um projeto que impede a reeleição ilimitada de dirigentes de federações e confederações esportivas e restringe a quatro anos a duração máxima de um mandato. Está em fase de hibernação em alguma prateleira da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado. Continuem sonhando.