Os grandes exemplos de mau uso de recursos públicos em sua maioria vêm de Brasília, mais precisamente do Ministério do Esporte. Especialmente em época de muitas obras para a Copa do Mundo e Olimpíada, e projetos suspeitos ou não levados adiante, apesar do dinheiro liberado. Até o Guga, Larri Passos e o presidente da Confederação Brasileira de Tênis, o catarinense Jorge Lacerda, andam enrolados com Polícia Federal e Ministério Público. Os estragos do Pan 2007 não saem do noticiário por causa dos tais legados que não existem ou estão interditados e sob suspeita, como o estádio João Havelange, o popular Engenhão.
O assunto é desagradável, inesgotável, e renovado a cada dia porque infelizmente o esporte hoje é uma torneira aberta que não fecha nunca. Aqui mesmo, no estado, tem dinheiro jorrando o ano inteiro: R$ 1 milhão e meio para o Desafio das Estrelas do Kart, R$ 700 mil para uma competição de motociclismo (o autor do projeto é o mesmo, Carlinhos Romignoli), R$ 600 mil para o Iroman, R$ 500 mil para o Prime Surf Hang Loose, R$ 1 milhão para o WTA Tênis Cup, evento realizado há pouco em Florianópolis. As outras competições estão programadas para o restante do ano e já para 2014.
Enquanto isso, um exemplinho de chorar: uma menina de Joinville, a Tamiris de Liz, atleta olímpica, não levou míseros R$ 10 mil e 800 como ajuda de custo para um Mundial Juvenil na Itália, disputado trinta dias antes da Olimpíada do ano passado, para onde ela foi, na sequência, como reserva da equipe 4x400 metros. Hoje ela sobrevive no esporte graças ao patrocínio de uma construtora da cidade, mas devido às precárias condições de treinamento e à situação da Fundação de Esportes local, a qualquer momento Tamiris pode ir para São Paulo. Convites não faltam, inclusive do exterior.
Para realizar seus eventos em SC, inclusive escolares, a Fesporte (vinculada à Secretaria de Cultura, Turismo e Esporte (SOL), a mesma que libera essa dinheirama toda) anda de chapéu na mão. Adalir Pecos Borsatti há pouco deixou a presidência da instituição, cansado de dar soco em ponta de faca e derrubado por injuções políticas. Acaba de ser substituído pelo atual presidente do Metropolitano, que atende pelo curioso apelido de Vadinho. Não sei o que o Vadinho, advogado e presidente de clube de futebol, pode contribuir para dar um rumo ao esporte no estado. Com a política e as eleições de 2014 certamente ele deve ter suas metas a cumprir. Beto Martins, o quarto secretário a ocupar a SOL no governo Colombo – e chegaremos ao quinto – confia na capacidade do seu novo parceiro e colaborador.
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