“Habemus” clássico na
decisão do campeonato catarinense, o que não acontecia há 13 anos, segundo os
numerólogos. Este confronto entre um participante da série A do Brasileirão e
outro da série B, com a tradição e rivalidade que cercam os dois clubes, é um
presente para o futebol de Florianópolis. Afinal, aqui não temos só Grenal,
Atletiba ou Bavi resolvendo os embates no estado, pois Chapecoense (campeã do
ano passado), Criciúma e Joinville não dão sossego à dupla da Capital.
Os dois times e suas
respectivas torcidas hoje respiram ares diferentes. No Orlando Scarpelli o clima é
de favoritismo, não consentido, é claro, e na Ressacada o sentimento é de
ressurreição e renovada esperança em uma competição praticamente perdida.
É curioso como isso
reflete no modo de agir das comissões técnicas. A do Figueirense, comandada por
Branco, segue dançando no mesmo ritmo orquestrado pela confiança de dois turnos
conquistados, uma aberração do regulamento elaborado pelas próprias vítimas, a
maior delas o próprio Figueirense. Declarações despidas de originalidade e carregadas
de lugares comuns formam o quadro no time que já poderia ter vestido a faixa de
campeão.
No Avaí a grande
novidade, além da recuperação espantosa, é a mudança de comportamento do treinador
interino Hemerson Maria. Depois do inicio promissor, quando a sinceridade
pincelava frases inteligentes, ele aderiu aos chavões e, horror dos horrores, aos
treinos secretos. Uma chatice, tirando o pouco de tempero que poderíamos degustar
em dois clássicos que tinham tudo para ser bem mais apetitosos. As duas torcidas é que poderão botar um pouco de sabor
nessa autêntica salada de chuchu.
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