Sei que é terrível perder um título em apenas dois jogos e justamente para o maior rival, depois de ter vencido dois turnos. Mas nada justifica as reações destemperadas da direção do Figueirense logo após o clássico de domingo. O treinador Branco foi demitido em tempo recorde e também muito rapidamente Argel, empregado no Joinville, foi anunciado como novo treinador. Estranho, muito estranho, para dizer o mínimo.
Além disso ninguém do Figueirense foi ao gramado para receber as medalhas de vice campeão. Ficou muito feio também o boicote à festa Top da Bola, solenidade realizada segunda-feira à noite no teatro Pedro Ivo, promoção do Instituto Mapa. O clube receberia seis troféus incluíndo, por ironia, o do time mais disciplinado. O Figueirense inclusive foi o mais premiado, somando seis troféus contra cinco do Avaí.
Só o goleiro Wilson apareceu, tudo indica por iniciativa própria. O fato mereceu manifestação irônica do presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, numa crítica nada velada à postura do seu filiado. Nos bastidores já circulava a informação da fogueira de vaidades que ardia no Scarpelli e que motivou a contratação do jornalista JB Telles para assumir imediatamente a gerência de comunicação. É o bombeiro da hora para debelar o incêndio que assumiu proporçõe inimagináveis até bem pouco tempo, mais exatamente na semana que antecedeu ao primeiro confronto com o Avaí na decisão do campeonato.
Quais as razões para o descontentamento do Figueirense, registrado antes mesmo do jogo de domingo nas palavras do presidente Nestor Lodetti. Problemas com a arbitragem, com o regulamento? Tudo foi feito conforme o acordado entre os clubes. Reclamar então, do quê? A briga é com a RBS (críticas) e com a Federação Catarinense (arbitragem), isso é o que se sabe. Faltou competência na reta final, essa é que é a verdade.
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