Pedro José de Oliveira Lopes (foto) assume nesta quinta-feira pela manhã, no Centro Administrativo, a direção geral da Fundação Catarinense de Desportos, a Fesporte, ultimamente entregue a um bando de saqueadores. É a clássica figura de raposas cuidando do galinheiro.
Bons ventos tragam Pedro Lopes à Fesporte. Ele é do ramo, já foi cronista esportivo (denominação à moda antiga), dirigente da Federação Catarinense de Futebol e da CBF, e até então era o presidente do Conselho Estadual de Desportos, órgão que tinha entre suas principais funções as de controlar e organizar o esporte catarinense, missões desvirtuadas por ingerências políticas. Os critérios para a composição do Conselho é que levam a esse descaminho, apesar da participação de muitos desportistas, na maioria dos casos verdadeiras vaquinhas de presépio.
Como homem do esporte, Pedro Lopes leva jeito para, em poucos meses, reconstruir pelo menos em parte o que foi colocado abaixo por Ali Babá & Cia. Conquistas consolidadas desde a gestão de Pedro Bastos vieram ao chão ou foram simplesmente eliminadas do calendário da instituição. Os recursos tiveram outros destinos – aí falhou o Conselho Estadual –, as contas não fecharam e muitos eventos importantes acabaram na lixeira formada pela incompetência e falta de compromisso com as atividades para as quais foi criada a Fesporte.
O tempo é curto, mas suficiente para Pedro Lopes recuperar um pouco do prestígio perdido e limpar a sujeira deixada por administradores que trabalharam mais de três anos visando apenas objetivos pessoais, alguns deles inconfessáveis. Quem sabe passadas as eleições Pedro acabe mantido no cargo. Ou então que assuma algum desportista que não tenha a ficha suja e nem vá sujá-la ainda mais a frente de uma instituição tão importante para o esporte de Santa Catarina.
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