Fui, voltei, saí de novo, estou aqui de volta. Em definitivo? Quem sabe? Essa vida de blogueiro que não ganha um tostão pelo que escreve é assim mesmo. Depende dos ventos que movem moinhos e alimentam a paciência e disposição para trabalhar de graça. Vamos lá.
Quero recomeçar com o futebol e a televisão. Hoje os clubes são praticamente reféns dos direitos pagos pelas emissoras donas dos contratos. É muita grana e, dependendo de quem está mandando na exclusividade das transmissões, tem jogo praticamente todos os dias e noites, nos horários mais improváveis. O torcedor que vá catar coquinhos e não reclame. No meio da semana são poucos os que conseguem suportar os madrugadões. Quem pode, além de pagar ingressos caros, enfrentar o transporte coletivo precário e a insegurança? Cadê coragem para chegar ao estádio, comer porcaria, voltar pra casa e andar pelas ruas nas perigosas madruigadas? Se o time ganhar, tudo bem, valeram o sacrifício e o despreendimento.
Resumidamente é isso. O torcedor, primeiro interessado, tem pouco ou nenhum poder de cobrança. O Estatuto do Torcedor é outra lei que não pegou. Na ótica do futebol-espetáculo e dinheiro no cofre o que importa são as tevês. As reclamações são de quem perdeu os direitos de transmissão, como acontece agora em Santa Catarina. A rede derrotada chora as pitangas e critica os horários e tabelas esfaceladas. No Rio Grande do Sul os dirigentes do Internacional estavam achando tudo muito interessante e só resolveram abrir o bico quando se deram conta do acúmulo de jogos do Gauchão e Libertadores.
A inflexibilidade determinada pelas grades de programação criou um atrito com a Federação Gaúcha e uma choradeira sem futuro. Assinaram um contrato de olho apenas nos cofres, agora aguentem. Como acontece em Santa Catarina, com a diferença que por aqui ninguém reclama. E ainda entra ano, sai ano, com os clubes dizendo amém a uma cartilha que vai completar um quarto de século de desmandos no futebol catarinense. Plim plim.
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