Los hermanos argentinos ganham de quatro da Venezuela, os uruguaios batem no líder Paraguai, o Chile encara sem medo o Peru em Lima, a Colômbia mostra que os bolivianos não são de nada e assim a vida segue tranquila rodada a rodada nas eliminatórias para a Copa do ano que vem. Menos para o Brasil. Pelo jeito, sem saber com que jogadores contaremos até lá, continuaremos sofrendo, a nível do mar ou nas alturas. Por pouco escapamos de um fiasco vexatório contra os negrões velocistas do Equador. Tivessem eles mais qualidade e um pingo de pontaria voltaríamos de Quito carregando uma sacola de gols. As desculpas estão em letras maiúsculas na cartilha do Dunga: falta de tempo para treinar (quando tem ele não treina), viagens, cansaço, altitude, o de sempre. O melhor seria tentar explicar, além das convocações esdrúxulas, a razão para tanta apatia em um time teoricamente cheio de bons jogadores, e o sumiço do futebol de Ronaldinho Gaúcho. A insistência na sua escalação e o que isso tem representado para um time medíocre por natureza acenam para uma seleção brasileira escrava da teimosia de um treinador. Sua estampa atual mostra a cara feia de um sujeito mal humorado e refratário a críticas. Ainda assim, chamá-lo apenas de teimoso e intransigente é suavizar a adjetivação que hoje está na boca de qualquer brasileiro que goste de bom futebol. Agora, se jogarmos mal novamente nesta quarta-feira em Porto Alegre, à beira do rio Guaíba e diante do lanterninha Peru, sugiro à CBF que mude o local dos jogos e, claro, o uniforme chamado carinhosamente nos bons tempos de canarinho: usaremos escafandros ou roupas de mergulhador. Quem sabe no fundo do mar nosso futebol melhora. Ou então vamos nos resignar como futuros pentacampeões de pesca submarina.
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