terça-feira, 10 de março de 2009

Onde há fumaça


Carlão, campeão olimpico em 1992, suprintendente da FME Floripa de 2005 a 2008


O presidente da Câmara Municipal de Florianópolis, vereador Gean Loureiro (PMDB), enviou ao superintendente a Fundação Municipal de Esportes, Édio Manoel Pereira, ofício com 15 questionamentos sobre aspectos administrativos da entidade. Nada de mais não pertencesse Gean à base do governo. A situação é curiosa porque a atitude do presidente da Câmara despertou um movimento da oposição, na pessoa do vereador João Amin (PP), que vai pedir em plenário uma auditoria na Fundação. Que razões teriam levado um vereador governista a exigir explicações, por exemplo, sobre o patrimônio, número de funcionários, situação de dívidas, convênios, contratação de professores, cargos comissionados, pagamentos de diárias, entre outras solicitações constantes do documento? Caso a as exigências não sejam atendidas no prazo de 48 horas, o superintendente terá que ir pessoalmente à Câmara pra prestar os esclarecimentos, o que não invalidará o pedido de auditoria do vereador Amin. Na verdade, a Fundação de Esportes de Florianópolis transformou-se em uma grande caixa preta a partir do momento em que o olímpico Carlão inexplicavelmente assumiu a superintendência daquela entidade no primeiro mandato do prefeito Dário Berger. Desde então nunca mais se soube o que estava sendo feito no esporte da capital. Pelo jeito e pelas consequências da passagem do Carlão – administrou sempre à distância, mais exatamente do Rio de Janeiro, onde mora – a Fundação Municipal de Esportes de Florianópolis está morta e enterrada. E tudo indica que a primeira missão do novo superintendente será a de exumar o cadáver.

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