domingo, 4 de janeiro de 2009

Rali na 101

Pensei que sair às cinco da manhã de sábado para uma viagem pela BR-101 até uma das praias do Rio Grande do Sul seria uma esperteza. Evitaria o trânsito pesado anunciado para mais tarde, assim que os turistas do feriadão de fim de ano, desencantados com a chuva, começassem a romaria de retorno. Correto. Pelo noticiário vi que as previsões se confirmaram e o congestionamento foi inevitável. O que eu não sabia era que sair ainda no escuro e sob chuva intensa para uma estrada em obras, cheia de desvios, de buracos e muito mal sinalizada, era quase uma tentativa de suicídio. Até o dia clarear e conseguir me aproximar de Tubarão passei o maior sufoco desde que me conheço por motorista habilitado. Andei praticamente às cegas, pressionado principalmente por caminhoneiros irresponsáveis e covardes, tipo aqueles que gostam de bater no menorzinho, no caso o meu fordinho KA. Teimoso, fui seguindo adiante, um susto atrás do outro, louco para denunciar na polícia rodoviária um monte de malucos que atormentam sujeitos responsáveis e previdentes como eu. Por ironia, ao parar para um café e uma relaxada em Araranguá, leio no jornal as explicações do DNIT para o atraso na duplicação da BR-101. Matéria de duas páginas, cheia de gráficos, fotos e justificativas, entre elas a falta de cimento e ferro. Além da chuva, é claro. Dá raiva, parece que formamos uma sociedade de ignorantes e iletrados. Ou quase isso. Pior é que tem gente que acredita nesse papo furado que vem desde o primeiro mandato de Fernando Henrique e continua com Lula & Cia. Enquanto isso vamos arriscando a vida enfrentando esse rali promovido pela incompetência e um monte de mentiras, incluindo a promessa da conclusão das obras para 2010.. E ainda tenho que voltar pra casa pelo mesmo caminho.

Um comentário:

  1. Eu também achei que, saindo de Porto Alegre, no sábado pela manhã, teria uma viagem tranquila. Que nada, até Torres tudo normal, bastante movimento no sentido contrário, mas ao entrar em SC, já vi uma fila enorme no sentido Norte-Sul, achei que era apenas o movimento normal de fim de feriado.
    Mas a 20 Km de Tubarão parou o sentido Sul-Norte, levei uma eternidade pra chegar em Tubarão, e depois de Laguna, até Palhoça foi, parado ou em primeira marcha.
    Resultado, saí de Porto Alegre as 10:00 da manhã, chequei em casa, no centro de Florianópolis, a 1:20.
    Vale como registro:
    1 - Todos os postos de PRF estavam vazios, e não vimos uma viatura na BR.
    2 - É insuportável a quantidade de motoristas andam nos acostamentos como se isso fosse o certo.
    3 - A quantidade de carros argentinos na estrada é muito grande, muitos uruguaios também

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