Orlando Silva e Teixeira já foram
A saída de Ricardo Teixeira da CBF, do Comitê Organizador Local da Copa 2014 e do Comitê Executivo da Fifa é apenas o início de um longo e necessário processo de depuração entre os dirigentes do esporte no Brasil. Só para lembrar, Teixeira foi acusado de evasão de divisas, crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos, crimes contra a ordem econômica, venda irregular de ingressos e favorecimento em negócios. A CBF com Marin & Cia até 2015 continuará sendo um galinheiro controlado por raposas.
Vale o mesmo para diversas confederações, federações e clubes espalhados pelo país que hoje não é mais só do futebol. São entidades sob controle de cartolas eternizados em seus postos e tão ou mais nocivos ao esporte do que estes que estão abandonando o navio. Os ratos da mesma laia continuam à espreita, prontos para assumir o comando de cargos que por ventura fiquem vagos.
Na esteira destes acontecimentos a mídia, esportiva ou não, precisa mudar de comportamento. É inaceitável, pelo mau exemplo que significam, figuras à margem da lei continamente paparicadas porque um dia foram grandes ídolos do esporte. O caso da hora é o do ex-jogador Edmundo, que embriagado, anos atrás, causou um acidente de trânsito e a morte de três pessoas. Além da impunidade, Edmundo ganhou uma nova profissão, a de jornalista, formador de opinião em rádio, jornal, televisão e agora até com um blog em portal de grande prestígio no meio esportivo.
A cartolagem e gente como Edmundo sobrevivem sob o manto protetor de muito jornalista conceituado, aval para suas estripulias, maracutaias e mal feitos de toda a ordem. O serviço público e as Ongs faz tempo foram contaminadas e igualmente exigem uma faxina moralizadora que impeça o desvio de recursos públicos para fins escusos. A roubalheira só é possível graças ao conluio criminoso de segmentos da mídia, de autoridades públicas e do judiciário. Lembram da CPI da Bola, presidida pelo atual Ministro do Esporte,Aldo Rabelo? Sumiu, ninguém sabe ninguém viu. Ministros já foram defenestrados mas nada se apurou e assim a vida segue até que eventos como os que envolveram a CBF caiam no esquecimento.
Em Brasília o escândalo recente é a chantagem de deputados e senadores com a presidente Dilma. Não votam a Lei da Copa enquanto ruralistas e aliados não verem atendidos suas exigências. É o último e mais novo capítulo obscuro nessas relações promíscuas que infelicitam a sociedade e o país. Depois reclamam quando alguém sugere um chute no traseiro.
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