quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Quinta-feira

Promessa é dívida
A seleção brasileira depois de sete anos voltou ao Maracanã, um tempo absurdo em se tratando de uma relação tão íntima, de cumplicidade tão forte como só o Rio de Janeiro e o torcedor carioca conseguem estabelecer. Agora a CBF cogita participar da licitação para administrar o maior estádio brasileiro, totalmente reformado para os Jogos Pan-Americanos. Está um luxo o novo Maraca, é o que dizem e, por isso, Ricardo Teixeira et caterva pretendem tirar proveito para fazer ali a casa da nossa seleção. O que seria ótimo, não fosse imensa, quase intransponível a distância que separa a realidade do que é prometido pela cartolagem brasileira.

Mídia e justiça

O jornalista esportivo Jorge Kajuru foi condenado por difamação a 18 meses de detenção em regime aberto, na casa do Albergado de Goiás, resultado de processo movido pela filial da rede Globo de Goiânia. Kajuru nunca teve medo de enfrentar a bandidagem que vive do futebol e em torno dele e foi perdendo, denúncia após denúncia, crítica após crítica, todos os seus empregos. O assunto é cabeludo e merece várias abordagens, uma delas publicada – e explicada - na coluna do César Valente no Diarinho. (...) é o segmento de empresas e profissionais que usam o jornalismo para fazer negócios: suprimem ou dão notí­cias em troca de dinheiro, publicidade ou favores. É esse setor que contamina a imagem de toda a imprensa, contribuindo para a multiplicação de processos e condenações (...) São poucos, contadinhos nos dedos, os profissionais e as empresas que sobrevivem na mídia esportiva sem atropelar a ética ou se submeter às leis do jornalismo beija-mão. A maioria perde o emprego, fica marginalizada e passa o resto dos dias respondendo processos e a mercê de um judiciário sem nenhum apreço pelo jornalismo feito com seriedade.
Nossa (deles)
Teliana Pereira, 19 anos, é hoje a tenista número um do Brasil. Treina no Itamirim, em Itajaí, e faz parte do projeto Instituto Tênis. Mas é pernambucana e vai jogar por são José dos Campos os Jogos Abertos do Interior de São Paulo. Jogos Abertos de Santa Catarina, nem pensar.
Continente

O Figueirense vai ampliar suas ações sociais e aumentar sua aproximação com o torcedor da Grande Florianópolis através da criação do Instituto de Assistência Social – Ifas -. Foi a maneira encontrada por seus dirigentes para manter o atendimento a diferentes comunidades com a doação de alimentos, material escolar, agasalhos, cestas básicas e brinquedos.
Ilha

Enquanto isso, do outro lado das pontes, a Ressacada vive tempos de completo amadorismo, com um treinador preguiçoso, que pede folga de quase uma semana para passar o feriadão no Rio de Janeiro. E com um time lutando para fugir do rebaixamento no Brasileirão e outro disputando a Copa Santa Catarina.
Contradições
Dunga não convocou Alexandre Pato argumentando, entre outras coisas, que ele não está jogando. Além de ser uma meia verdade, porque o Milan o tem lançado em amistosos, Riquelme, um dos melhores jogadores da seleção Argentina, está sem clube e sem jogar. Tem outros esquecidos como Luís Fabiano e Rafael Sobis. Mas Vagner Love e Afonso são os preferidos, junto com Doni e Fernando. Enquanto a mídia de São Paulo e Rio aguentar.
Explicações
Alguns defensores de Love e Afonso alegam que não existem jogadas para eles concluírem. Sem comparações, mas Careca e Ronaldo Nazário, criavam suas próprias jogadas, além de marcar gols.
Questão interessante
Qual será a razão para tanto mau humor nas entrevistas concedidas pelos treinadores brasileiros? Independente das bobagens – e são muitas – ditas por jornalistas nestas ocasiões, não se entende as reações agressivas e mal educadas. Comecemos pelo Judas de plantão, o Dunga, e chegaremos ao Abel Braga, no Inter, Mano Menezes, do Grêmio e Muricy Ramalho, do São Paulo. São dois gaúchos, um carioca e um paulista, imbatíveis no quesito rabugice. A lista é maior, mas estes são os mais notórios rabugentos do futebol brasileiro.





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