sábado, 21 de abril de 2007

Sábado

BALANÇO

O campeonato catarinense chega ao fim com um saldo miserável para a dupla da Capital e desastroso para o Joinville, um ex-grande campeão esperneando na última rodada para fugir do rebaixamento. O Criciúma está perto do título, idem a Chapecoense. O Avaí lambe as feridas de um fracasso estrondoso no Estadual, humilhação nos dois clássicos, mais a iminente eliminação da Copa do Brasil, enquanto o maior rival segue adiante, projetando ainda a construção de uma praça esportiva agregada a um centro comercial. Os torcedores avaianos, além de tudo, estão preocupadíssimos com o campeonato brasileiro da série B, temerosos de que a administração mais derrotada da história do clube mantenha sua rotina de equívocos e falta de planejamento.

SEM FUTURO

Marcílio Dias, Atlético de Ibirama, Juventus, Metropolitano, Brusque e Próspera formam o sexteto dos que começaram pobres e terminaram miseráveis. De todos os piores foram o Próspera, fiasco dentro e fora do campo, e o velho Marinheiro, de tanta tradição, transformado em saco de pancada e candidato sério a uma vaga na divisão que a cartolagem, cheia de dedos, evita chamar de “segundona”. Atlético, Juventus e Metropolitano (hóspede do Sesi) ainda têm praças esportivas que podem ser chamadas de estádios. Fazer o que até 2008?

ROBIN HOOD

Noves fora tem o Guarani de Palhoça. Termina sua temporada franciscana e de relativo sucesso comemorando o estrago que fez com os grandes e lamentando os tropeços diante dos pequenos. Tirou de poucos para dar a muitos sem que sobrasse quase nada para si. No máximo o mérito de ter se mantido na divisão principal do futebol catarinense, bem longe do rebaixamento, e ainda com a promessa de recursos para reformar seu estádio.

BETO ROTH

O que é pior? Trabalhar no Avaí, segurando as pontas em um clube com estrutura precária entre dirigentes que não se entendem, e vendo um time medíocre dirigido por um treinador cujo único feito até hoje foi ter corrido atrás do Rivelino no Maracanã? E ainda perder tudo que disputou inclusive dois jogos para o maior rival, no único clássico catarinense? Que tal atender um convite do técnico Celso Roth, parceiro em outras equipes, para trabalhar no Vasco da Gama com o presidente Eurico Miranda e o primeiro ministro Romário, com tudo que essas companhias significam? E como será sair da razoavelmente tranqüila Floripa para viver no Rio de Janeiro entre assaltos e balas perdidas, com medo de botar o pé pra fora de casa? O preparador físico Humberto Ferreira optou pelas emoções da Bagdá brasileira. Só esperou sair o cortejo fúnebre para se transformar no novo auxiliar técnico de Celso Roth.


NAS PÁGINAS

Está confirmado para 15 de maio, 19 horas no Shopping Beira Mar, em Florianópolis, o lançamento do livro “Árbitro ou Arbitrário”, do Dalmo Bozzano. Terá comes e bebes e bate-papo com a jornalistada que também não tiver barbas pra botar de molho. O homem voltou afiado das férias em Buenos Aires e promete sacudir os alicerces de uma certa obra recém iniciada em Balneário Camboriú.
LITERATURA

Frases, citações, trechos de poemas e textos de grandes, escritores do mundo todo, filósofos, treinadores e quejandos garantem leitura deliciosa no pocket book da LGE Editora “Humor no Mundo do Futebol”. Presente do amigo jornalista e também escritor, Lourenço Cazarré, hoje em Brasília, cujos primeiros “ollivettaços” profissionais foram dados em redações de Florianópolis.

DO CASSETA

Um tira gosto do livro com brincadeira do falecido Bussunda, flamenguista insuportável: “Já se sabe por que o Romário jogou bem na excursão ao Japão: porque lá o fuso horário é invertido, então ele dorme de noite e faz exercício de dia”.

VISÃO ALIENÍGENA

Os paulistas que comandam a Record e cuidam da programação estão prometendo o televisionamento do jogo entre Atlético e Chapecoense, em Ibirama. E se o Criciúma ganhar o título em Blumenau, contra o Metropolitano, evitando uma decisão com a Chapecoense em dois jogos?




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