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Abaixo o jornalismo burocrático e a ditadura das assessorias de imprensa dos clubes
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O futebol não é jogado somente
no gramado e os acontecimentos extra campo raramente chegam ao
conhecimento do leitor/ouvinte/telespectador. A equipe da RIC
Record deu exemplo de bom jornalismo ao relatar os incidentes de
Chapecó e Criciúma envolvendo jogadores, torcida e até um gandula. No
estádio Indio Condá, por exemplo, palco do jogo entre Chapecoense e
Figueirense, o lateral André Rocha, do time da Capital, agrediu um
gandula. Depois da expulsão do jogador, o caso foi parar na delegacia,
com depoimentos e exames de corpo de delito. Tudo isso foi acompanhado e
noticiado pelo SC no Ar, programa da manhã da RIC RECORD. Faz tempo que
sinto falta do acompanhamento pelos veículos de comunicação dos fatos
que não se restringem às quatro linhas do campo de jogo. É um tipo de
visão cada vez mais rara, ao invés de ser rotina, justamente em tempos
de evolução tecnológica e mais agilidade para as tarefas da reportagem.
Infelizmente parece que o jornalismo atual anda exatamente na contramão
das facilidades oferecidas. A opção é por picuinhas regionais que só
incentivam a violênncia nos estádios, com as redações rendendo-se à
burocracia, à falta de criatividade e à postura ditatorial e burra das
assessorias de imprensa dos clubes. Daí a importância deste
comportamento diferenciado da equipe da RIC RECORD. Em nome do bom
jornalismo, não parem por aí.
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