Ando pela casa em busca do sinal. Para falar sem
cortes ou interrupções definitivas tenho que encostar o nariz na janela ou sair
à rua e passear pelo jardim. Uma alternativa é espichar o pescoço para fora da janela do
quarto.
Chuva ou sol nestes tempos de muito frio ponho a
saúde em risco – de vida ou de morte, ainda não está decidido pelos
comunicólogos – para usar um equipamento cuja sofisticação não me serve para
quase nada a não ser para provocar alterações no meu humor.
Morador do Rio Tavares estou condenado pela TIM a
testes diários de paciência e criatividade com meu celular. A tal da
portabilidade não anima ninguém, principalmente agora que os Procons e a imprestável
Anatel resolveram tomar uma atitude em defesa do consumidor. Todas as
operadoras foram penalizadas, aumentando ainda mais o sentimento de impotência
que toma conta de assinantes pré ou pós pagos. Tanto faz. Independente de sigla
ou tipo de serviço estamos à mercê da vigarice, da impunidade e da péssima
qualidade da telefonia móvel.
SE ESSA RUA FOSSE MINHA...
Acrescento mais um ingrediente para
irritação e desconforto diários. Uma obra simples de drenagem e pavimentação da
servidão Manoel Isidoro Augusto, onde moro, comprova que o cidadão continua
desassistido. Terminologia inventada pela ex-prefeita Ângela, e de fácil
aplicação no dia a dia dos pagadores de impostos feito trouxas sem a devida contrapartida.
A rua tem que ser interrompida, não se sabe nunca a
hora certa, já arrebentaram cano da Casan, quase me deixaram incomunicável
novamente, copiando a Celesc que outro dia na simples troca de um poste acabou
com minha internet, telefone e tevê a cabo. E não deu a mínima para o problema.
Madrugamos para tirar os carros de casa evitando o
bloqueio do trator e da buraqueira que vai receber os canos. Somos obrigados a
sair de casa sem hora para voltar, uma rotina maluca provocada pelos “obreiros”,
mestres em improvisação.
As placas da prefeitura anunciando o paraíso para os
moradores foram colocadas no início da rua há dois meses. Só agora a turma
apareceu para trabalhar e quando chove o trator e os operários desaparecem,
deixando buraco e lama para nosso rali diário.
E assim vivemos nesse pedacinho do Rio Tavares, pagando
contas, impostos e o mico diário pela má prestação de serviços, públicos e privados.
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