Os marqueteiros deveriam se envergonhar do produto final. A festa da democracia brasileira é uma enganação. Nenhum candidato, de todos que vi e ouvi até hoje, apresentou alguma coisa parecida com um programa de governo. Dilma, Serra, Marina e o franco atirador, Plinio Sampaio, me mandaram mais cedo pra cama e para a leitura de “O burgomestre de Furnes, um dos livros de Georges Simenon sem o inspetor Maigret que ainda não tinha encarado, no bom sentido. Da sono, quando não provoca náusea, assistir aquele bando de marionetes fazendo jeito de gente do bem.
Não houve jornalismo, faltaram jornalistas, repórteres, embora isenção seja um produto raro hoje em dia na profissão. No fim dá tudo na mesma. Ninguém chama ninguém pra briga, ninguém faz pergunta fundamentada em algo consistente. Exemplinhos: prometer mil quilômetros de hidrovia para um Brasil desse tamanhão. Brincadeira. Nós, que estamos há mais de dezesseis anos esperando pela duplicação de míseros 249 quilômetros na 101 sul, sabemos o que é promessa não cumprida. Palavra não mantida por Fernando Henrique e pelo Lula e, talvez, pelo próximo ou próxima. Assim sendo, qual a utilidade deste último encontro (e dá pra chamar de outra coisa?) entre os candidatos antes da eleição?
Serviu, certamente, para o nobre exercício do palavrório inútil de alguns jornalistas políticos, verdadeiros porta vozes das empresas que defendem, façamos justiça, com grande competência. A chatice acaba repetida no day after. Tem uma perua emproada da Globo News, que aparece todo o dia com a perna cruzada sempre para o mesmo lado. Deve ter a coxa colada. A moça merece o troféu abobrinha do comentário político. Seu esmero na obviedade só tem comparação na escolha dos figurinos para suas inúteis aparições diárias.
O triste é que não seremos poupados caso haja segundo turno. O martírio vai continuar com a mesma fórmula, os mesmos personagens. Quem sabe até lá haja tempo para modificações, por menores que sejam, pelo menos na apresentação de algum conteúdo que me faça acreditar em dias melhores para o estado e o país.
Morre Mario Sérgio Celidônio, filho do chef José Hugo Celidônio
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Mario Sérgio Celidônio era filho de José Hugo Celidônio, um dos chefs mais
importantes da gastronomia brasileira, que morreu em 2018
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