domingo, 9 de agosto de 2009

Lá vou eu

Estou de mudança. A partir deste domingo me procurem na bela mansão blogueira construída pelo amigo e companheiro de profissão sem diploma, o César Valente. Na verdade já estou lá, anunciado pelo César com o texto saboroso de sempre e uma foto do tempo em que eu rondava as baianas. Basta ver minha cor e o colarzinho muito do sem vergonha. Ficarei confortavelmente instalado, sem regalias, mas em condições de oferecer muito mais aos amigos, leitores e assemelhados que continuarem me acompanhando vida a fora. Deixarei minhas humildes acomodações onde resisti, por dois anos mais ou menos, à forte tentação de jogar tudo pro alto e parar com a brincadeira. De casa nova ganharei mais motivação para continuar minhas tarefas, além de seguir aprendendo na convivência diária com o César. Convite feito, convite aceito. Afinal, não é todo dia que temos a chance de mudar sem custos e sem sustos para uma casa melhor, mais organizada, mais vistosa, tipo aquelas que causam cobiça nos visitantes e inveja na vizinhança. Pretendo continuar batendo forte, de olho na capital e arredores. Daqui a pouco já estarei instalado no meu novo endereço, www.deolhonacapital.com.br

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Dunga convoca Filipe, ex-Figueira


foto Laio Villar (AP)



Filipe Karminski, lateral esquerdo revelado pelo Figueirense e que atualmente joga pelo La Corunha, na Espanha, acaba de ser convocado por Dunga. Ele vai se incorporar à seleção brasileira que joga um amistoso na Estônia, dia 12. Filipe, catarinense de Jaraguá do Sul, vai substituir Marcelo, do Real Madri, que está machucado. Agora a seleção tem dois laterais esquerdos que foram do Figueirense, Filipe e André Santos. E o Figueira, claro, sem nenhum

Deus é fiel e come pizza



Lembram do Edílson Pereira de Carvalho, aquele árbitro que chefiava a máfia do apito que deixou sob suspeita o Campeonato Brasileiro de 2005? Pois o caso está no Tribunal de Justiça de São Paulo e o placar aponta 2 a 0 para os mafiosos. Ainda falta um voto e, a não ser que um dos desembargadores que já votaram mude de opinião, Edílson, capo di tutti capi, escapará ileso e poderá comemorar a absolvição em uma das boas pizzarias paulistas. Ele só não conseguirá mais entrar em campo para mostrar aos jogadores seus cartões amarelos e vermelhos personalizados com a inscrição Deus é fiel.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Senador Pedro Simon interpela Collor



O bate boca entre os senadores Pedro Simon e Fernando Collor esta semana na tribuna do Senado rendeu um grande mal entendido. Era o que Collor queria, com o intuito de chantagear não só a Simon, mas a todos os que fariam pronunciamentos naquele dia pedindo o afastamento de José Sarney. Os desdobramentos da tentativa de calar a boca de Simon e outros senadores na base da intimidação são conhecidos. Enviada pelo jornalista Lourenço Cazarré, assessor de Pedro Simon, acaba de me chegar às mãos, na íntegra, a nota divulgada pelo senador gaúcho a propósito do incidente e sua decisão de interpelar Fernando Collor para que esclareça suas acusações.



O senador Pedro Simon foi interpelado pelo líder do PMDB no Senado,
Renan Calheiros, na sessão de 3 de agosto último, sobre dois temas: a
importação de carne contaminada de Chernobil e a Portosol. No intuito
de afastar conclusões precipitadas e insinuações maldosas sobre
assuntos desconexos, o senador Pedro Simon esclarece o seguinte:

Chernobil

O acidente nuclear na usina de Chernobil, na Ucrânia, ocorreu em 26 de
abril de 1986. O líder do PMDB no Senado acusa o Governo Sarney de ter
importado carne contaminada pelo pior acidente nuclear da história.
Não tenho conhecimento desse fato, por uma razão simples: eu não era o
Ministro da Agricultura, à época. Exerci o cargo de ministro, por
escolha original do Presidente Tancredo Neves, até 14 de fevereiro de
1986. Ou seja, o acidente de Chernobil ocorreu mais de dois meses após
minha saída do ministério. Não sei se houve importação de carne da
Ucrânia. Se houve, deve ter ocorrido no segundo semestre de 1986 ou
depois.

Portosol

A Portosol é uma instituição comunitária de crédito, sem fins
lucrativos, sediada em Porto Alegre, inspirada num modelo vitorioso: o
Grameen Bank, o primeiro banco do mundo especializado em microcrédito,
idealizado pelo professor bengalês Muhammad Yunus em 1976 visando a
erradicação da pobreza no mundo. Yunus foi agraciado, por sua idéia,
com o Prêmio Nobel da Paz em 2006. A Portosol, inspirado neles, foi
criada em Porto Alegre em 1995, a partir de uma iniciativa do Governo
do Estado e da Prefeitura de Porto Alegre, em conjunto com a Federação
das Associações Empresariais do Rio Grande do Sul (FEDERASUL) e da
Associação dos Jovens Empresários de Porto Alegre (AJE-POA).

A Portosol é uma ONG, qualificada como OSCIP, habilitada ao PNMPO –
Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado. A lei nº 7.679,
de outubro de 1995, autorizou a administração de Porto Alegre à
participação do "Município em Associação Civil Ideal com a finalidade
precípua de, a partir de uma ação facilitadora do acesso ao crédito,
fomentar a constituição e/ou consolidação de pequenos e micro
empreendedores instalados no âmbito do território municipal”. Além da
Prefeitura e do Governo do Estado, a Portosol foi constituída com
participação de recursos do NDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) e do SEBRAE do Rio Grande do Sul, contando ainda
com fundos da Inter-American Foundation, agência norte-americana de
cooperação internacional, e da GTZ, Sociedade Alemã de Cooperação
Técnica. A Caixa Econômica Federal cedeu espaço em uma de suas
agências, no centro da cidade, para alojar a Portosol.

A Portosol foi a primeira instituição de microcrédito no Brasil
constituída com recursos de órgãos governamentais, passando o
microcrédito a ser considerado como política pública de
desenvolvimento. Seu modelo foi e vem sendo replicado em vários
municípios do Brasil, existindo atualmente no Brasil 120 OSCIPS
(Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) de microcréditos
habilitados ao PNMPO – Programa Nacional de Microcrédito Produtivo
Orientado, programa do Governo Federal abrigado no Ministério do
Trabalho e Emprego. O sucesso deste modelo chegou até mesmo ao Estado
natal do senador Renan Calheiros, Alagoas, onde funcionam duas
instituições similares ao Portosol: o Instituto Ação de
Desenvolvimento para a Cidadania, IADEC, ou ‘Banco do Cidadão’, e a
Associação de Microcrédito e Desenvolvimento Sócio-Econômico de
Alagoas (Instituto de Inclusão Social pelo Crédito).

A Portosol teve, desde sua fundação em 1995, seis presidentes no
Conselho de Administração, composto por nove representantes – dois da
prefeitura, um do governo estadual, um da associação de empresários e
cinco da sociedade civil. O atual presidente, Pedro Armando Volkmann,
é representante da AJE (Associação dos Jovens Empresários). Seu
antecessor, no período 2006-2008, foi Tiago Chanan Simon, meu filho,
indicado como representante do Governo do Estado, à época de diretor
do Departamento de Desenvolvimento Empresarial da SEDAI (Secretaria de
Desenvolvimento e de Assuntos Internacionais). Tiago Simon exerceu sua
atividade de dirigente sem remuneração.

Ao longo de sua existência, a Portosol liberou 112.284 créditos, num
valor total de recursos de R$ 127 milhões de reais, o que representa
um crédito médio de R$ 1.132, segundo informações de seu
diretor-executivo, Cristiano Mross.

A Portosol foi selecionada em 1999 pelo Banco Mundial como uma das 10
iniciativas mais bem sucedidas do Brasil na política de combate à
pobreza. Em 1997 foi agraciada pela Fundação Getúlio Vargas e pela
Fundação Ford com o Prêmio Gestão Pública e Cidadania. No mesmo ano
ganhou da UNESCO o prêmio de Direitos Humanos no Rio Grande do Sul, na
categoria “Formação de Consciência da Cidadania”.

Interpelação (Collor)

Tomei a decisão de interpelar, junto à Corregedoria Parlamentar do
Senado, o senador Fernando Collor, a fim de que explicite os fatos a
que fez ilação na sessão do Senado de segunda-feira, que seriam
‘incômodos” para minha pessoa. O esclarecimento dos fatos é necessário
para o resguardo de minha honra e de minha biografia pessoal e
política.

Pedro Simon, senador

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Proibido para maiores

Acabei depedir emprestada esta ilustração do AMARILDO ao Blog do Noblat

Nunca acreditei em liberdade de imprensa no Brasil. Convivo com essa falácia faz tempo com experiência de trabalho nos dois lados do balcão. A liberdade reclamada e proclamada só existe na medida exata dos interesses dos patrões. Como são geralmente atrelados ao governo de plantão e navegam de acordo com o sopro e a intensidade do vento a favor não há, neste país, a mínima chance de convivermos com a verdade, fruto natural do livre exercício da profissão. A turma do Estadão berra com a censura do Sarney, a Folha esperneou com outros episódios semelhantes protagonizados pela escória que manda e cria as leis. Como já fizeram o Globo e Jornal do Brasil, como já fizeram revistas de circulação nacional e emissoras de rádio e televisão do centro do país. Vejam que nem estou citando exemplos domésticos porque aqui no sul é pior, a censura vem de dentro, nem é necessário um judiciário comprometido intervir. Os militares pelo menos eram sinceros, sem hipocrisia. Não podia e pronto.

Está aí a maior razão para continuarmos assombrados por esses cadávares insepultos como José Sarney, Renan Calheiros e Fernando Color de Mello. Pedro Simon grita fora Sarney. Calheiros pergunta a ele por uma instituição chamada Portosol que agora dizem ser uma importadora de carne dirigida por um filho do senador Simon na época em que ele era Ministro da Agricultura. Os acusadores garantem que a Porto Sol esteve envolvida em negócio escuso com carne de chernobil contaminada.



Como disse, soube há pouco. Nem sei se é verdade, tanta é a lama no ventilador do Senado. Talvez estejam querendo fazer chantagem com Pedro Simon, quem sabe enlamear seu passado. Mas que tudo está cheirando a carne podre, isto sim é verdadeiro e sem censura

domingo, 2 de agosto de 2009

Tem que tirar o fone do gancho

O ouro de Cielo é só dele (foto CBDA)

Os triunfos de César Cielo no Mundial de Natação em Roma são pessoais e intransferíveis. Ele treina nos Estados Unidos com um técnico australiano. Ficasse no Brasil Cielo não teria chegado aonde chegou. Tem sido assim ao longo dos anos nos nossos esportes individuais. Tivemos o exemplo recente e emblemático do Guga, que só apareceu para o mundo como o maior tenista brasileiro de todos os tempos graças ao seu talento e ao esforço de meia dúzia de pessoas muito ligadas a ele. Guga não foi o resultado de projeto, de planejamento e trabalho em cima da modalidade. Pelo contrário, Guga chegou, venceu e foi embora sem deixar rastros. Como ele, Cielo e outros são a repetição do óbvio. Nossos atletas, com as exceções de praxe, vão às quadras, piscinas, tatames e onde mais existir prática esportiva individual, por conta e risco próprios, de familiares e algum mecenas que estiver disposto a ajudar. As empresas privadas, em sua maioria, as universidades, salvo exceções, e o poder público de um modo geral, dão as costas para a prática esportiva.

Por isso César Cielo estava cheio de razão quando se negou a atender um telefonema de Lula depois de ter conquistado ouro nos 100 metros. Parece que foi determinação do seu treinador para evitar que o atleta perdesse, com demagogia de político, a concentração para a prova dos 50 metros que acabou vencendo no dia seguinte. É isso mesmo, tem que tirar o fone do gancho. O incentivo ao esporte nesse país não passa por ministérios e muito menos pela presidência da República. Ali só lembram de Santa Bárbara quando troveja.

Fala o corintiano Juca Kfouri


"Foram surpreendentes os primeiros 10 minutos do Corinthians contra o Avaí, no Pacaembu, mais vazio do que cheio, provável reflexo da ausência de Ronaldo e do desmanche do time campeão da Copa do Brasil.

Ágil, rápido, insinuante e capaz de criar três ótimas chances de gol, as duas primeiras ainda antes do quinto minuto, numa cabeçada de Souza e num toque de Jucilei que Eduardo Martini defendeu.

Como o goleiro catarinense pegou, à queima-roupa, um chute de Bill, em rebote de arremate de Souza, que até jogava bem.

Dos 10 aos 20 minutos, no entanto, o alvinegro permaneceu melhor em campo, mas deixou de levar perigo ao time alviceleste.

Que, enfim, tomou coragem e partiu para cima dos donos da casa, quase marcando com William, em seu primeiro ataque.

Ao acreditar mais que o bicho não era tão feio, o Avaí se abriu e quase levou, por cobertura, um gol de Bill, com a bola batendo no cocoruto do travessão.
A resposta avaiana veio numa bicicleta de William, perigosa.

Fato é que o time do Guga, e do técnico Silas, mesmo sem três de seus principais jogadores (Léo Gago, Ferdinando e Muriqui), passou a jogar de igual para igual com o esforçado, organizado, mas enfraquecido, time de Mano Menezes.

E assim, sem gols, terminou o primeiro tempo, sem gols, e com uma arbitragem curioso, de um mineiro do quadro da Fifa, Ricardo Marques Ribeiro, que marca muito mais falta de ataque do que das defesas.

E com auxiliares especializados em errar impedimentos contra o Avaí.
O Corinthians voltou com Bruno no lugar de Marcinho na lateral-esquerda

A torcida corintiana cantava, mas, no segundo tempo, o time já não encantava.

Na verdade, o jogo caiu num certo clima de marasmo, sem chutes a gol.
Silas também não estava gostando e tirou o centroavante William, ex-Santos, para entrada de outro centroavante, Roberto.
E quase que o Avaí faz gol, numa sucessão de escanteios.

Por falar em escanteios, pouco antes, Boquita foi cobrar um e chutou a bandeirinha -- a não o, que fique claro.
Grotesco!

Não por isso, mas Boquita saiu para entrar Diogo aos 41.

E Felipe, aos 30, precisou evitar um gol de Roberto.
Como Eduardo Martini, em seguida, em bolas de Elias, de Marcelinho e de Souza, em menos de dois minutos."