segunda-feira, 12 de março de 2012

E agora José?



A não ser pela satisfação com a saída de Ricardo Teixeira, a festa ainda nem começou. O novo presidente da CBF, ex-Arena, amigo do regime militar, o oitentão José Maria Marin, tem pela frente apenas uma Copa do Mundo no Brasil, o Comitê Organizador Local, o COL, a Copa das Confederações também no país, organização da seleção para a Olimpíada em Londres e a recuperação da imagem de uma entidade que ele mesmo ajudou a desacreditar. Afinal, ao ganhar o apelido de Zé das Medalhas por ter surrupiado a medalha de um garoto campeão pela seleção sub-20, terminou por carimbar suas credenciais como um jurássico e mal visto dirigente esportivo. Este é o novo presidente da CBF.

Talvez estivesse embutida na saída de Teixeira aquela sugestão do secretário da FIFA e que provocou frissons nacionalistas em algumas autoridades brasileiras. O “pé no traseiro” foi dado, agora falta arrumar a casa, uma missão impossível com a continuidade na CBF, conforme assumiu o próprio Zé Maria. Não acredito nem na formação de um grupo “rebelde”, liderado pelos presidentes das federações Gaúcha, Carioca, Mineira e Baiana. A rebeldia dura até a acomodação das melancias no caminhão. Quando os interesses de cada um forem atendidos, cessa qualquer intenção mudar o que existe deste os tempos de João Havelange, almirante Heleno Nunes e, por fim, Ricardo Teixeira.

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