terça-feira, 2 de agosto de 2011

Os efeitos do algo de podre


O Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 tirou do sério Dilma Roussef ao negar credenciais para alguns jornalistas que fazem a cobertura diária no Palácio do Planalto. Entre eles estavam repórteres do SBT e da Record que foram impedidos de acompanhar a presidenta durante o sorteio para as eliminatórias da Copa, solenidade realizada na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.

É o primeiro impasse criado pela exclusividade que a Globo detém para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. A justificativa do COL foi que para a FIFA o fornecimento de credenciais a outros veículos de comunicação representaria quebra de contrato com a Globo. Apenas algumas credenciais foram liberadas, mas o alvo era, principalmente, a TV Record, que não pôde acompanhar Dilma Rousseff no evento.

Irritada, Dilma entendeu a negativa como retaliação de Ricardo Teixeira à Record, que ultimamente tem divulgado denúncias de corrupção contra o presidente da CBF. Como as relações entre o Palácio do Planalto e Teixeira já não andam muito amistosas, esse imbróglio ainda vai dar muita confusão, principalmente se a Record continuar levantando o tapete para onde está sendo empurrada toda a sujeira do futebol brasileiro e dos seus principais dirigentes.

O único acesso livre a toda a imprensa no fim de semana presidencial aconteceu na coletiva de Pelé, promovida pelo Governo Federal no Museu de Arte Moderna, fora da jurisdição da FIFA e do COL. Assessores palacianos argumentaram que é praxe jornalistas de Brasília acompanharem a movimentação da presidenta Dilma, dentro e fora do país e que, portanto, os obstáculos criados no Rio de Janeiro são injustificáveis.

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