segunda-feira, 2 de maio de 2011

Festa do interior



Com duas jogadas no jogo decisivo contra o Avaí e uma boa campanha no returno a Chapecoense passou à final contra o Criciúma. De quebra ganhou uma vaga na Copa do Brasil de 2012, junto com seu adversário da final. Grande parte deste prejuízo avaiano na decisão em Chapecó fica por conta do Silas, um treinador confuso, de convicções contraditórias e que domingo mostrou mais uma vez por que não deu certo no Flamengo e no Grêmio, nem vai dar certo em nenhum clube grande. Time em vantagem de dois a zero, excessivamente recuado, trocando atacante por volante preguiçoso com carteiraço de genro do Luxemburgo. Quando tomou o empate tentou consertar o estrago colocando Evando em campo. Mas aí a vaca azul e branca já estava no brejo.

E o que foi aquela palhaçada dos jogadores entrando em campo descalços e a bobagem explicativa do Evando? "Profecia, disse ele. "Depois do jogo eu explico". Não teve tempo nem motivação para justificar. Silas quis implantar no Grêmio essa temência a Deus e deu no que deu.



O árbitro, ah o árbitro. Inexperiente, Ronan Marques da Rosa foi a cota de contribuição de quem cuida disso na Federação Catarinense. Trabalho para nota abaixo de cinco. Não é porque ele acertou na marcação do pênalti do Renan (o melhor e mais experiente goleiro do Avaí estava no banco, mais uma na conta do Silas) que merece boa avaliação.

Amarelou toda a zaga do Avaí com pouco mais de vinte minutos de jogo,em lances com faltas normais de futebol,exceção de um. O Aloízio marcou um gol com a mão no primeiro tempo. Ronan anulou o lance e deu cartão amarelo. Foi uma clara tentativa de enganar a arbitragem. Mais tarde esse mesmo jogador fez faltas para cartão amarelo, uma delas quase rasgando a camisa do zagueiro Cássio. Nada de punição que, nas circunstâncias, deveria ser de expulsão. Assim, confundindo marcações, que hora valiam para um lado e não valiam para o outro, Ronan teve mais sorte do que juízo. Coisa de principiante, de muito jogo para pouco árbitro.

A outra contribuição negativa da Federação é recorrente e sugere o grau de incompetência dos administradores do nosso futebol. Outra vez a entrega do troféu primou pela desorganização. Ninguém viu, a não ser aquele amontoado de gente dentro do campo. O torcedor, principal interessado, só participou da festa quando os jogadores já meio sem graça deram aquela volta em torno do gramado. Acrescentemos a participação inoportuna e despropositada do filho do presidente da Federação, um cidadão conhecido pelo diminutivo de Delfinzinho, especialista em agressões a jornalistas que criticam o pai ou sua presença indevida como dirigente da entidade, caso de nepotismo explícito. Filho de peixe.


Nada que desmereça o sucesso da Chapecoense, seus torcedores estão felizes. Quanto ao futebol da Capital, com dois clubes na série A, nada a comemorar este ano ainda. Muito cuidado, isto sim, pois Avaí e Figueirense não passaram nem no teste estadual. Um vitimado por planejamento equivocado, o outro pela soberba.

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