segunda-feira, 12 de julho de 2010

O mundo do futebol agradece à "La Roja"

Del Bosque na festa com jogadores campeões (Site RFE)

Os espanhóis deram um belo exemplo de que o futebol coletivo e de comprometimento pode ser jogado com técnica e habilidade, sem matar a essência deste esporte. Jogaram bem quase toda a Copa, apesar do susto da estréia quando perderam para a Suíça. Na final souberam envolver os holandeses com um futebol bonito, de muito toque, e aguentaram a pancadaria adversária tolerada pela péssima arbitragem inglesa.

O amor pela camisa não precisa descartar a habilidade para formar “grupos fechados” nem responder à violência com truculência verbal e física. Com 32 câmeras em cada transmissão não há como mentir para o torcedor. Hoje o público tudo vê, nos estádios ou fora deles. Ficou impossível enganar a quem quer que seja.

A insistência com declarações distantes da realidade beira o ridículo e descredencia cada vez mais os que privilegiam a incoerência e não admitem o fracasso. Brasil, França, Itália e Argentina, os sócios mais antigos e assíduos do clube dos campeões, acabaram a Copa da África do Sul como ícones de teorias envelhecidas. A Alemanha, da revelação Thomas Muller, contou com o título antes da decisão e se deu mal, mas sua equipe jovem virá muito forte para o Brasil em 2014. O Uruguai, comandado por Forlan, o melhor da copa africana, salvou os sul-americanos com um time guerreiro e uma campanha eficiente, de acordo com suas limitações.

Ao Brasil resta torcer para que dois bicudos consigam se beijar e levar adiante nosso projeto que precisa mostrar eficiência já em 2013 na Copa das Confederações. Ricardo Teixeira cutucou Lula na entrevista coletiva em Johannesburgo, com queixas sobre as carências dos nossos aeroportos e outras deficiências de infra-estrutura urbana. Lula, como sempre avesso às críticas, já respondeu à Teixeira com sérios reparos à sua administração na CBF. Pior é que os dois têm razão.

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