Estão de olho na gente por causa do Mundial de Handebol em 2011 que nos comprometemos a organizar e até agora nada. Tem até uma Arena Sapiens no norte da Ilha para 8 mil pessoas cujas obras ninguém sabe, ninguém viu. Houve uma reunião em Florianópolis na Secretaria de Cultura, Turismo e Esporte com representantes de todas as sedes catarinenses, menos Florianópolis. Será que o Brasil, no caso Santa Catarina, vai repetir com o handebol o que já fazemos no futebol? A Folha de São Paulo e o portal Uol produziram matéria sobre o assunto.
Handebol patina para fazer Mundial Torneio feminino, que será em SC no fim de 2011, não tem comitê organizador e fonte definida de recursos
DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO O primeiro Campeonato Mundial feminino de handebol que será disputado no Brasil, em dezembro de 2011, está longe de tomar forma.
O país conquistou o direito de sediar a competição em fevereiro de 2009, batendo países estruturados como Holanda e Austrália. Mas, a um ano e meio da abertura, só estão definidas as sedes.
Nem um COL (Comitê Organizador Local) foi montado ainda e não há previsão de quando serão captados recursos do governo federal.
A morosidade fica aparente se comparada com as demais competições internacionais no país. Os Jogos Mundiais Militares serão no Rio de Janeiro em 2011 e desde 2007 já se sabe onde, quando e como serão organizados. O Mundial de futsal, em 2008, começou a ser organizado em janeiro de 2006.
"Não estamos atrasados", declarou Fabiano Redondo, diretor de marketing da CBHand (Confederação Brasileira de Handebol). "Não é uma competição que precisa ser organizada quatro anos antes. No Mundial da França, em 2007, as sedes foram escolhidas seis meses antes da abertura", comparou.
Florianópolis, Joinville, São José, Brusque e Balneário Camboriú receberão as 24 seleções. Apenas Brasil, por ser sede, e Rússia, a atual campeã, estão garantidos.
A estimativa de gastos da CBHand caiu de R$ 18 milhões para R$ 12 milhões, segundo a entidade. Isso porque os governos municipais assumiram as despesas de pessoal para limpeza e administração das instalações no intervalo entre os jogos.
"Para chegarmos ao orçamento previsto, vamos contar com apoio privado, de parceiros da confederação, prefeituras e governo do Estado, além do ministério do Esporte, via lei de incentivo", citou Fabiano Redondo.
Até o fechamento desta edição, a assessoria de imprensa do ministério do Esporte não havia confirmado se o Mundial estava previsto no orçamento da pasta.
Nos R$ 12 milhões, estão incluídos os gastos com passagens dos membros da IHF (sigla em inglês para Federação Internacional de Handebol), hospedagem, alimentação e transporte terrestre.
As adequações nas arenas são de responsabilidade das prefeituras. A maior delas será a Sapiens Arena, em Florianópolis, com capacidade para 8.000 pessoas e que deverá receber as finais.
O "Diário Oficial" de SC publicou a criação do Comitê Gestor, com membros dos governos estadual e municipal e da CBHand. Ele está hierarquicamente acima do COL, mas não é responsável pela execução dos planos.
Sede do próximo mundial feminino de handebol, Brasil engatinha na organização
Do UOL Esporte
Em São PauloSede do Mundial feminino de handebol pelo primeira vez, o Brasil ainda não se mobilizou em praticamente nada para estruturar o torneio, marcado para dezembro de 2011, em Santa Catarina. Cerca de um ano e meio após ganhar o direito de receber a competição, apenas as cidades-sede estão definidas: Florianópolis, Joinville, São José, Brusque e Balneário Camburiú.
Nem um comitê organizador foi definido pelas autoridades, e não se sabe quando serão captados recursos federais para agilizar a estrutura da competição. Mesmo assim, os dirigentes não acham que há atrasos em relação ao evento.
“Não estamos atrasados. Não é uma competição que precisa ser organizada quatro anos antes. No Mundial da França, em 2007, as sedes foram escolhidas seis meses antes da abertura”, alegou o diretor de marketing da Confederação Brasileira de Handebol (CBHand), Fabiano Redondo em entrevista à Folha de S.Paulo.
Contudo, as estimativas de gastos já estão previstas pela CBHand e cairam de R$18 milhões para R$12 milhões pois os governos municipais assumiram custos de alguns setores, como limpeza. Nesse valor, estão incluídos gastos com passagens, hospedagem, alimentação e transporte terrestre.
“Para chegarmos ao orçamento previsto, vamos contar com apoio privado, de parceiros da confederação, prefeituras e governo do Estado, além do ministério do Esporte, via leia de incentivo”, completou Redondo.
Além do Brasil, país-sede, apenas a Rússia, atual campeã, já está classificada para o torneio.