quarta-feira, 18 de março de 2009

O que nós perdemos

O público que lotou o Teatro do Sesi, na noite da terça-feira, em Porto Alegre, esperava uma Liza Minnelli cinematográfica, popular e enérgica. Ela entregou apenas o último, mas que foi quase suficiente para satisfazer os fãs.Aos 63 anos, a diva não economizou fôlego para segurar quase duas horas de espetáculo calcado em hits conhecidos e outros nem tanto em sua primeira visita à Porto Alegre. Nem o pedestal do microfone durou muito tempo, sendo aposentado logo na segunda canção.Dos sucessos de Cabaret (1972) e New York, New York (1977) – os dois filmes mais famosos de Liza – os convidados tiveram Maybe This Time e as respectivas faixas títulos dos longas. De resto, entraram números que já foram contemplados em outras passagens pelo Brasil, como My Own Best Friend, do musical Chicago, e de sua própria discografia, entre elas But the World Goes ´Round, Teach me Tonight e I Would Never Leave You).Teatral sem precisar de cenário, a filha de Judy Garland – que ganhou homenagem na faixa At Palace – mostrou ainda estar em grande forma vocal, caprichando nos agudos e médios, mesmo que o exercício lhe rendesse posteriormente um visível desconforto. Tanto que uma cadeira, que deveria ser evocada apenas no segundo ato, foi puxada pela própria cantora no meio da primeira parte – tudo com muito bom humor, diga-se de passagem.Na volta após um intervalo, armou dueto com seu pianista, John Rodgers, retirou uma faixa do especial para TV Liza with a Z (1972), de seu guru Bob Fosse, e arriscou erroneamente uma versão agitada para a bossa Trevo de Quatro Folhas. Aproveitou ainda para apresentar sua banda, composta por 12 músicos no mais elegante black tie. E encerrou, como não poderia ser diferente, homenageando sua Nova York de coração. (Matéria do jornal Zero Hora)

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