sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Pernas pro ar, cultura pra baixo

Quase dá pra esquecer da existência do teatro Pedro Ivo Campos que consumiu anos de obras e muito, mas muito dinheiro mesmo do governo Luiz Henrique. Sua inauguração aconteceu quase no final de 2008 com um heliponto para que possam ali descer as aeronaves dos milhares de espectadores que por terra acabariam congestionando a SC-401. Mas, como todo mundo sabe, burramente a turma da cultura concluiu que o verão em Florianópolis e região não pode abrigar nenhum tipo de espetáculo na praia, muito menos longe dela. Fecha tudo porque a época é de férias e pronto. O turista e a população nativa têm que se contentar em dividir espaços nos shoppings e cinemas cuja programação contempla, merecidamente, claro, apenas crianças e adolescentes. E ainda aquela parcela considerável de apreciadores de um gênero de filmes chamado de entretenimento, com muito tiro, explosão ou humor rasteiro. . O resto - que somos nós e não somos poucos – deve ficar em casa. E salve-se quem puder ou conhecer o caminho do clube de cinema Nossa Senhora do Desterro, o cineminha do CIC. Isso posto acrescento que o majestoso teatro até hoje serviu para apenas três espetáculos, o último deles de extremo bom gosto e de alto nível, “O analista de Bagé e seu filho gay”, ou algo parecido. Desculpem se não lembro o nome correto desta peça de tão relevante conteúdo. Que jeito de homenagear postumamente o ex-governador Pedro Ivo e cultuar o escritor Luis Fernando Veríssimo, criador do “analista”!!!

2 comentários:

  1. Isso porque o gov.Luiz XV diz gostar de cultura.Imagina se não gostasse.....

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  2. Até onde me consta... o Pedro Ivo sequer merecia tal homenagem

    Sobre o péssimo uso do teatro nessa época do ano, vale a máxima q tem sido dita: Sc está virando um estado para turistas, não para sua população #prontofalei

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