quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A nossa agonia


Acabei de ler “O animal agonizante”, - The Dying Animal -de Philip Roth (Companhia das Letras). É uma bela reflexão sobre o envelhecer e que deu no filme “Fatal”, com Ben Kingsley e a maravilhosa Penélope Cruz (Tem os seios mais bonitos que já vi no cinema). Esta pequena divina recém passou por Florianópolis com Vicky, Cristina, Barcelona, do Woody Allen. Como passou rápido também com o filme baseado na obra de Roth e dirigido com sensibilidade por uma mulher, a espanhola Isabel Coixet (A vida secreta das palavras). Uma passagem meteórica, infelizmente, porque na fila de espera tinha um monte de porcaria compondo a programação de shoppings como cardápios de fast-foods. Voltando ao livro: “O animal agonizante é o monólogo de um homem inteligente movido por uma obsessão sexual, dirigido a um interlocutor que só no final se pronuncia” (...) Para o personagem Kepesh, sensualista assumido, o envelhecimento em si já é trágico – “ser velho significa que, apesar e além de ter sido, você continua sendo (...) e a consciência de continuar sendo é tão avassaladora quanto a consciência de ter sido.” Leiam e vejam o filme. Ou vejam o filme e leiam. Dá no mesmo. É muito bom.

Um comentário:

  1. Sabe aquele poema do Manuel Bandeira "A beleza é um conceito/ a beleza é em nós que ela existe", pois é, um raciocínio semelhante pode ser feito a respeito da velhice. Todos estamos envelhecendo (a partir do nascimento). Indiscutivel mesmo é a velhice decrepitude, dependência e terminalidade (interminável às vezes), o resto é conceito! Tem um livro duma antropóloga chamado "velha é a vovozinha"...

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