sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Nem sempre a propaganda é a alma do negócio

No esporte brasileiro e nas suas estratégias de marketing algumas situações retratadas especialmente pelo futebol me chamam a atenção. Falo daqueles momentos em que o nome dos patrocinadores acaba subtraído, seja por ações involuntárias, ou por premeditação dos veículos de mídia. Os jogadores costumam comemorar um gol levantando a parte da frente de camisa geralmente para demonstrar seu amor por Jesus. Acontece também, após uma conquista – a do Avaí, por exemplo – do jogador simplesmente tirar a camisa do clube na volta olímpica e ficar sob a mira de fotógrafos e tevês quase despido. Ou então, como fizeram alguns atletas avaianos, colocam um colete ou outra camiseta estampando sua crença ou amor por filho, mulher, namorada e o escambau. A essas alturas o nome do patrocinador desapareceu. A premeditação acontece nas entrevistas onde o cinegrafista é orientado para evitar o boné do entrevistado. O sujeito só aparece da testa até o pescoço, pra evitar alguma identificação de patrocínio no boné ou na camisa. É necessário, ainda “esconder” o painel que costuma aparecer ao fundo nas entrevistas coletivas. Não tenho conhecimento, até hoje, que algum dirigente ou patrocinador tenha se rebelado contra isso. Nos esportes de quadra os times têm o nome de empresas trocadas nas transmissões pelo nome da cidade que representam. Assim é, por exemplo, com a Cimed (Florianópolis). A Stock Car, principal categoria do automobilismo brasileiro e que tem na TV Globo sua grande parceira de mídia, não esconde sua frustração pelo fato de a emissora omitir a marca da Nextel durante as suas transmissões. São muitos os exemplos em que a visibilidade do patrocínio é mascarada ou simplesmente evitada e justamente no esporte, um segmento bastante carente de recursos da iniciativa privada.

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