quinta-feira, 5 de junho de 2008

Quinta-feira

Outra versão

Tudo de ruim que acontece hoje no futebol brasileiro é culpa da lei Pelé. Fábio Koff, presidente do Clube dos 13, desmentiu essa tese defendida principalmente por dirigentes de clubes, em entrevista ao jornal gaúcho Zero Hora. Koff garante que a legislação esportiva brasileira é avançada e coloca no banco dos réus quem, no seu modo de ver, são os verdadeiros responsáveis por nossas mazelas futebolísticas. “A Lei Pelé prevê cinco anos e não três para contratos. A CBF é que não aceita registrar contratos mais longos”. Bem entendido, Ricardo Teixeira e parceiros contrariam a lei. Continua Koff: “O Governo queria mudar a lei de transferências fixando em 21 anos a idade mínima. Os clubes é que não aceitaram, mantendo o limite em 18 anos”. Querem vender mais cedo, é a conclusão lógica de Fábio Koff, absolvendo a Lei Pelé.

Faltou dizer

De todo o que li, vi e ouvi sobre a confusão no Estádio dos Aflitos em Recife, não apareceu nenhuma referência aos maiores responsáveis por esse estado de violência e anarquia que se instalou nos gramados brasileiros, além do jogador do Botafogo, da Polícia Militar e do árbitro: nossos tribunais esportivos, frouxos, acomodadores e tendenciosos. Com as exceções de praxe, claro.

Coração de mãe

O lateral Rodrigo Galo não quer mais saber do Avaí. É mais uma cria da casa maltratada e marginalizada por conta da falta de visão de dirigentes e parceiros, mais interessados em negócios do que fazer bem ao clube que dizem ajudar. Dona Sheila, mãe do jogador, falou em alto e bom som que seu filho está magoado pelas pressões e ameaças para prorrogação de contrato e anunciou o fim das negociações com os insensíveis trapalhões avaianos.

O dia do fico

O plebiscito determinou: saem o presidente do Conselho Deliberativo e prefeito da cidade, Marco Tebaldi, mais 84 conselheiros, ficam o atual presidente do Joinville, Adelir Alves, e suas promessas de reestruturação completa do clube. É ver para crer. Muita política com pouco futebol dá nessa mixórdia. O fato é que o estrago está feito e é grande.

O mundo dos professores

Paulo Autuori permanece no Catar, agora acompanhado também por Abel Braga. Zico deixa o futebol turco para assumir o Manchester City, cargo que pertencia ao sueco Sven-Goran Eriksson, que vai para a seleção mexicana que, por sua vez, teria Wanderley Luxemburgo, mantido pelo Palmeiras. O Inter perdeu Abel, descartou Autuori, quer Muricy Ramalho que, pelo menos por enquanto não sai do São Paulo. Parreira não aceitou convite dos gaúchos, está de férias até 2009. Dorival Júnior, indicado por Abel para substituí-lo, não foi sequer cogitado pelo Inter. O Felipão segue cobiçado, Ney Franco desempregado e Cuca, tentando o primeiro título da sua carreira, agora com o Santos. Como a dinâmica dos acontecimentos envolvendo essa turma é intensa, metade do que escrevi acima pode mudar de um dia para o outro. Ufa!!!

Sem pressa

A CBF aguarda pelos relatórios sobre os estádios que serão utilizados por Metropolitano e Marcílio Dias na série C. O Sesi em Blumenau não pôde ser utilizado no campeonato estadual e o estádio Hercílio Luz, em Itajaí, a gente sabe em que condições se encontra.

Inimigo amigo

O Corinthians já pagou pelo aluguel do Morumbi praticamente o mesmo valor gasto pelo São Paulo com a contratação de Adriano, sem computar a final da Copa do Brasil. Isso é o que dá não ter casa própria e viver como inquilino. Enquanto a torcida e os cofres do clube padecem, os adversários agradecem.

Pessimismo

O assunto na mídia esportiva de Florianópolis e entre os torcedores do Figueirense é um só: a ameaça de rebaixamento. Em apenas quatro rodadas acho precipitadas avaliações, para cima ou para baixo, levando-se em conta, ainda, que esse filme já foi visto várias vezes no Orlando Scarpelli. A não ser que o trailer esteja indicando uma nova versão não entendida pela direção do clube e da Figueirense Paticipações, principais responsáveis pela montagem do elenco que hoje tanto exaspera jornalistas e torcida.

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