quarta-feira, 2 de abril de 2008

Terça-feira

As pedras do caminho

As três rodadas que faltam para o encerramento do returno apontam um roteiro mais fácil a ser percorrido pelo Criciúma, hoje líder com 20 pontos, três a frente do Avaí e cinco do Figueirense. A vitória no clássico encheu de gás o time e renovou as esperanças da torcida avaiana. Se não houver tropeços antes da última rodada a decisão sobre quem enfrentará o Figueirense em uma final poderá acontecer na Ressacada. Cabe lembrar que hoje o Avaí está em desvantagem no saldo de gols (14 a 13) e em número de vitórias (6 a 5). O Criciúma tem um jogo em casa (Guarani) e dois fora (Cidade Azul e Avaí). O Avaí joga em casa com o Brusque, vai a Chapecó e volta para enfrentar o Criciúma na última rodada. O Criciúma tem tudo para ganhar o título do returno, com o Avaí pagando um preço muito alto pela derrota para o Marcílio Dias em Itajaí. Já o Figueirense repete a situação do turno, com chances reduzidas e esperando que o raio caia duas vezes no mesmo lugar.

Chaleira

Ainda que esteja garantido na final do campeonato, a água começou a ferver na cozinha do Figueirense. Não só pelo resultado do clássico, mas também pelo futuro da Figueirense Participações, cujo modelo de gestão vem sendo contestado por um grupo de conselheiros. A viagem à Suíça de Nestor Lodetti, presidente do Conselho Deliberativo, para acompanhar o time de juniores em torneio internacional, está deixando a turma com a pulga atrás da orelha. Mais adiante poderá faltar a isenção necessária a Lodetti pela excessiva proximidade com Norton Bopré, presidente do clube, e o executivo José Carlos Lages, alegam os desconfiados. Já tem gente pedindo a intervenção de Júlio César Gonçalves e Harry Egon Krieger, dois nomes de peso no Conselho.

Paixão I

Torcedores do Marcílio Dias não gostaram da nota que publiquei semana passada, criticando a atuação dos atuais dirigentes e a passividade com que reagem aos problemas criados por eles mesmos. Através de e-mail os descontentes demonstraram sua indignação com o teor das observações. Respondi a cada uma destas manifestações, explicando que fui mal entendido pela ironia utilizada na crítica, mas reitero minhas críticas pela situação delicada vivida pelo Marinheiro. História e tradição não se compram no mercadinho da esquina e, infelizmente, o futebol catarinense está cheio de exemplos de agremiações com portas fechadas sem chance de retorno.

Paixão II

Sintetizando as reações apaixonadas dos descontentes com os atuais administradores do Marcílio, reproduzo o final do texto a mim enviado e assinado pelo jornalista e conselheiro do clube, Flávio Roberto de Oliveira: “Resistência, definição mais perfeita para a tortuosa caminhada de quase um século. Caminhada de amor, de humildade, de coragem. Nessa vida apaixonada de maluco beleza eu é que não experimento, nunca mais saio imune, ileso, ao entrar no Gigante das Avenidas e ver o surrado gramado verde oliva, onze guerrilheiros jogando o futebol marginal, com suas vestes vermelho-azul defendendo os corações que pulsam entre a âncora e os remos do eterno Clube Náutico Marcílio Dias”.

Papo furado

Se os responsáveis pelas vistorias nos estádios catarinenses quiserem levar mais a sério sua missão em 2009, será preciso uma alteração profunda nos critérios estabelecidos atualmente. No caso do Marcílio Dias, por exemplo, só no fim do campeonato entenderam de interditar o estádio Hercílio Luz, agora desinterditado. Do dia pra noite voltou tudo à estaca zero. Depois de removerem o bode (refletores) da sala o Gigantão passou a ser seguro. E as arquibancadas? E o alambrado. E o conforto do torcedor? Cadê banheiros? E um lugar decente para comer? Existe? Antes que me atirem pedras, explico que recorro ao exemplo do Marcílio por estar mais à mão, pelo absurdo ser mais recente. Minhas observações valem para todos os estádios de Santa Catarina e para essas vistorias fajutas que acontecem a cada temporada.

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