sábado, 29 de março de 2008

Sábado/domingo

Mau humor justificado

O amistoso da seleção no meio da semana tinha a grife de uma comemoração pelos 50 anos da primeira Copa do Mundo vencida pelo Brasil. Era este o álibi para a convocação. Estranho é que a conquista foi na Suécia e o jogo seria na Inglaterra. Às vésperas do compromisso que rendeu um milhão e meio de dólares a CBF desmentiu que Brasil e Suécia tinha algum apelo comemorativo. A festa de 50 anos da Copa seria realizada em outra oportunidade. Aí vem o Dunga com um grupo que, além dos famosos, reunia 12 jogadores com idade olímpica, oportunidade de ouro para ajustar o time para a Olimpíada de agosto, em Pequim. Engano. O time principal tinha que entrar em campo, ficando de fora apenas os lesionados Juan e Kaká, por sinal substituídos na convocação por dois olímpicos. Técnico da seleção brasileira precisa mesmo de muita paciência e jogo de cintura para agüentar os excessos da mídia por causa do regionalismo exacerbado e, muito mais que isso, as estripulias dos patrões, no caso Ricardo Teixeira & Cia.

O entorno de um clássico

A vitória magrinha do Figueirense sobre o frágil Cidade Azul – ou Atlético Tubarão, a dúvida persiste – serviu para alterar as primeiras posições do returno e confirmar a importância do clássico de domingo. O Avaí, de volta ao terceiro lugar, tem que ganhar para continuar vivo. O líder Criciúma assistirá de camarote depois de jogar no sábado com o Brusque. Coisas que a nossa vã filosofia não alcança, mas que a falta de sensibilidade do departamento técnico da Federação permite.

Vigilância

Para acompanhar os modernos traços arquitetônicos da nova sede, os homens da Federação Catarinense seguem inovando. A Comissão de Arbitragem, por exemplo, zelosa como sempre, além de dividir o sorteio de árbitros em duas etapas, agora chama quem estiver passando para testemunhar o ritual das bolinhas. Quinta-feira houve o primeiro sorteio para a rodada que começa no sábado com Criciúma x Brusque, Guarani x Atlético. Dois funcionários que colocavam o parapeito no gabinete da presidência deram seu aval à lisura do procedimento. Como testemunhas de peso não se encontram pelas esquinas, foi melhor esperar a turma da jardinagem que tinha trabalho marcado para a sexta-feira. Afinal, o complemento da rodada incluía o clássico no Scarpelli e por isso merecia o olhar vigilante de pessoas realmente envolvidas com a administração do nosso futebol.

Pode dar errado

As manobras pela impunidade no caso do jogo entre Criciúma e Avaí por enquanto alcançaram seus objetivos, mas podem representar um tiro no pé se algum dos envolvidos tiver que cumprir punição justo na fase decisiva do campeonato.

Mulheres

Começará em maio a segunda edição do campeonato catarinense de futebol feminino. De cinco equipes da edição de estréia a competição pula para doze, incluindo o Olympia de Jaraguá, vencedor de 2007, o que é ótimo. Detalhe: o troféu continua com o nome da dona Ilka, mulher do presidente Delfim, justa homenagem a quem tem tantos serviços prestados ao futebol catarinense.

Falta pouco

Tiraram os refletores, um dos itens que ameaçavam a segurança no estádio Hercílio Luz. Agora só falta demolir as arquibancadas, arrancar o gramado as traves, derrubar os muros, negociar o terreno e fechar definitivamente as portas do Marcílio Dias. Tudo depois de o time encerrar sua brilhante participação no estadual.

Exageros

Mal no Barcelona e na esquerda da Comissão Técnica da seleção brasileira Ronaldinho chegou ao fundo do poço. Entre as acusações que pesam sobre os ombros deste jogador que já encantou o mundo está a falta de profissionalismo, dentro e fora do campo. As notícias que chegam da Europa transformam o dentuço em um dos maiores bad boys dos gramados. Edmundo em seus bons tempos seria fichinha perto do gaúcho que, pelo jeito, não faz parte dos planos para a seleção olímpica. A justificativa está pronta: o Barcelona não cederá o jogador porque a Olimpíada não é competição oficial da FIFA.

A grande chance

O sorteio finalmente colocou os pingos nos ís com Luiz Orlando de Souza aparecendo para apitar o clássico. Um pouquinho de bom senso não faz mal a ninguém e ajuda o futebol. Se Luiz Orlando não confirmar é problema dele. A Comissão de Arbitragem ao menos uma vez no campeonato fez a sua parte.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Quinta-feira

Aos inimigos, os rigores da lei

A Comissão de Arbitragem da FCF, agora presidida pelo itajaiense e ex-árbitro (?) Pedro Coelho e seu chefe maior, seguem ignorando os problemas criados por alguns árbitros e assistentes. Todos, rodada após rodada, continuam sendo escalados normalmente, inclusive para jogos decisivos como o do último domingo entre Criciúma e Figueirense. Por pouco não ocorreram problemas como conseqüência da arbitragem de Célio Amorim. Até hoje a única vítima de reclamações foi Paulo Henrique Bezerra, alvo de críticas pesadas de funcionários do Figueirense, o gerente de futebol Anderson Barros e o técnico Alexandre Gallo. Mais uma que o TJD deixou passar. Bezerra está afastado por “motivos pessoais”, que até podem existir, mas que certamente não são os únicos. Os demais árbitros do quadro da FCF nunca receberam qualquer tipo de punição e estão liberados para errar a vontade. E o Bezerra pai não é mais o presidente da Comissão de Arbitragem, situação que nunca deveria ter acontecido justamente pelo fato de o filho pertencer ao quadro e ser um dos principais árbitros. Deu no que deu e as coisas continuam muito mal explicadas.

Bingo

O raciocínio lógico não é levado em conta na Federação. Exemplo: se Luiz Orlando de Souza é o árbitro mais elogiado e de melhor rendimento no campeonato até aqui, enquanto Wagner FIFA Tardelli é considerado o “the best” pela corte, por que não colocaram os dois no sorteio para o jogo de Criciúma? As bolinhas escolhidas foram Tardelli e Célio Amorim. Deu Célio no jogo mais importante e para o carioca sobrou o “amistoso” entre Guarani e Metropolitano. Luiz Orlando ficou fora da rodada. Finalmente, alguém precisa alertar à Comissão de Arbitragem que distintivo da CBF no peito não significa selo de qualidade. Pelo contrário, só desmoraliza os critérios de avaliação.

Farra chinesa

A chama olímpica, acesa domingo na Grécia, vai chegar em agosto a Pequim, sede da Olimpíada 2008. A solenidade chegou a ser interrompida por causa das manifestações pela causa tibetana e isso vai acontecer durante todo o percurso da tocha que passará por mais de uma centena de países. A União Européia continua resistindo à tese do boicote à Olimpíada na China – já morreram 140 tibetanos nos protestos pela independência - sob alegação de que não se mistura política com esporte, o que é uma teoria sem consequência prática. A verdade está nos interesses econômicos, negócios da comunidade européia com os chineses e que envolvem números astronômicos, coisa de bilhões de dólares. O resto é conversa mole pra boi dormir. Menos em Florianópolis onde nessa época boi não pode dormir.

Via crucis

Guga está confirmando no Sony Ericsson Open, em Miami, graças a mais um convite recebido em respeito ao seu passado brilhante, quando acabou consagrado como o melhor tenista brasileiro de todos os tempos. Encerra a carreira em Roland Garros, espera-se, além da primeira rodada.

Coveiro ou ator?

É impressionante o desempenho de Marlon Bendini, presidente do Marcílio Dias, dedicado a fechar as portas do clube. O dirigente parece obcecado pela idéia de colocar a tampa no caixão e sepultar o cadáver. É inédito no futebol profissional um cartola tão empenhado em ver um clube tradicional e único representante da cidade, desaparecer do mapa assim, do dia pra noite. Se não for jogo de cena para angariar apoio da comunidade. O prefeito Morastoni já fez sua visitinha ao estádio interditado.

Chatice

E tome goleada em cima dos pequenos, que só jogam fora de casa contra os grandes. Assim é o campeonato carioca, emocionante e imprevisível.

Da Olivetti à Internet

Nesta quinta, 19 horas, na Saraiva do Iguatemi Florianópolis, tem livro novo na praça. É sobre o jornalismo catarinense a partir da década de 70. Alguns textos acadêmicos, outros recheados de experiências práticas, fazem uma boa composição para quem está começando na profissão ou para quem já passou por ela.






terça-feira, 25 de março de 2008

Terça-feira

Começar de novo

O Criciúma em apenas um tempo de jogo garantiu mais emoção ao campeonato e aumentou suas chances de salvar sua própria temporada. Agora é possível evitar o tetra antecipado do Figueirense, vencendo o returno e provocando com isso uma final entre os dois. Tirando o Avaí, que há dez anos não ganha um título, ninguém mais que o Tigre vive a expectativa de recuperação, depois do fracasso de 2007, quando perdeu o campeonato em casa diante da Chapecoense. Já o Figueirense, mesmo derrotado e agora dois pontos abaixo do líder ainda seguirá como favorito apesar da insegurança de Gallo porque seus jogadores podem fazer valer a superioridade técnica traduzida em uma campanha mais regular.

A rodada

O Avaí faz vestibular para Silas, candidato a treinador. O Marcílio Dias, o mais novo sem teto, ficou sem jogar no domingo e aumentou a fervura nos bastidores. Seus atuais dirigentes, que já fecharam estádio, pensam também em cerrar as portas do clube. Só não podem jogar a chave fora. O Joinville esperneia para não cair e decepcionar ainda mais sua torcida, enquanto o Metropolitano confirmou ser a boa surpresa do campeonato e ainda deu o empurrãozinho que faltava para o Guarani despencar ladeira abaixo. Pelo jeito está confirmado que Brusque e Palhoça ficarão sem representantes na primeira divisão.

Paz, felizmente

Apesar de tudo o que já aconteceu em 2008 a Federação Catarinense, na palavra de seus dirigentes, firmou o discurso de que o seu campeonato é um dos mais organizados do país. Pois quis o destino que uma das partidas mais importantes da temporada até o domingo fosse disputada no mesmo palco onde aconteceram os incidentes mais graves do ano. Tanto superlativo se justifica, pois todo mundo sabe, não houve punição para nenhum dos clubes envolvidos. A arbitragem de Célio Amorim não era a mais indicada e seu comportamento nervoso durante o jogo comprovou isso. Felizmente salvaram-se todos, o que não deve desmobilizar autoridades e a própria Federação, a instituição de maior responsabilidade pelo bom andamento do campeonato. E chega dessa insensatez de querer proibir o acesso da torcida visitante aos estádios. Está comprovado que se trata de uma grande bobagem e não gera os efeitos imaginados, além de ser ilegal.

Ouvidos moucos

A diretoria e comissão técnica do Santos não param de reclamar por causa da derrota em Oruru, Bolívia, jogo pela Libertadores a 3.800 metros de altitude. Nada que incomode os senhores da Conmebol – Confederação Sul-Americana -, apesar das recomendações da FIFA, nem mexa com os brios de quem deveria defender os interesses do futebol brasileiro, no caso os homens da C BF.

Óleo na pista e na frigideira

Com a disputa de apenas uma prova da Fórmula I, a de Melbourne, na Austrália, já começou a fritura de Felipe Massa na Ferrari, Os italianos garantem que o brasileiro em 2009 será substituído pelo alemão Sebastian Vettel que, por sinal, corre em equipe com motores Ferrari. Na Espanha jornalistas especializados apostam que o compatriota Fernando Alonso assumirá a vaga. Tentando pular fora da frigideira Massa lembra, irritado com a boataria, que tem contrato de três anos com a escuderia. Na pista a primeira resposta veio com a pole na Malásia, mas o que poderia servir para aliviar a tensão acabou por piorar o ambiente para Massa, depois de um novo erro que o tirou da prova na liderança. A polêmica nasceu com o acidente em que Felipe Massa foi acusado, inclusive pelo campeão e ex-ferrarista Schumacher, de ter tirado David Coulthard da prova australiana na primeira volta. Está pesando, também, o afastamento de Jean Todt da Ferrari, cujo filho é empresário do piloto brasileiro. Está difícil esquecer Emerson, Piquet e Senna.

Linha de fogo

Mas bah!!! Exclamação de um bombachudo ao ler a coluna do Zélio Prado, meu sócio de espaço no Diarinho. E eu pensei que estava batendo forte. É isso mesmo, Zélio, a turma só acorda com berro no ouvido.

sábado, 22 de março de 2008

Sábado/domingo

Tudo ou nada

O Criciúma entra em campo neste domingo com a responsabilidade de salvar o campeonato, e acima de tudo, a sua temporada. Salva o campeonato evitando o tetra antecipado do Figueirense, garantindo mais emoção com a possibilidade de vencer o returno e assegurar com isso uma final entre os dois. E salva a temporada porque o torcedor do Tigre vive a expectativa de recuperação do fracasso de 2007, ano em que o título foi perdido em casa diante da Chapecoense. Já o Figueirense, mesmo derrotado, ainda seguirá como favorito pois Gallo e seus jogadores têm a segurança da superioridade técnica e de uma campanha regular. O Avaí faz vestibular para Silas, candidato a treinador e o Marcílio Dias, o mais novo sem teto, fica sem jogar no domingo. Enquanto isso seus atuais dirigentes pensam em fechar também as portas do clube e jogar a chave fora.

Jogo de risco

Apesar de tudo o que já aconteceu em 2008 a Federação Catarinense, na palavra de seus dirigentes, firmou o discurso de que o seu campeonato é um dos mais organizados do país. Quis o destino que uma das partidas mais importantes da temporada até aqui vá ser disputada no mesmo palco onde aconteceram os incidentes mais graves do ano. Tanto superlativo se justifica, pois todo mundo sabe, não houve punição para nenhum dos clubes envolvidos. A prudência determina providências sérias por parte de todos os que se sentem em parte responsáveis pela segurança do espetáculo deste domingo no estádio Heriberto Hulse. A começar pela escolha da arbitragem, que não pode ser frouxa, como tem sido, passando por policiamento, expulsão de penetras do gramado, revista rigorosa nos portões, controle na venda de bebida alcoólica, etc, etc. Simplesmente proibir o acesso da torcida visitante é bobagem, e das grandes, não gera os efeitos imaginados, além de ser ilegal.

Aos inimigos, os rigores da lei

A Comissão de Arbitragem da FCF, agora presidida pelo itajaiense e ex-árbitro (?) Pedro Coelho e seu chefe maior, seguem ignorando os problemas criados por alguns árbitros e assistentes. Todos, rodada após rodada, continuam sendo escalados normalmente, inclusive para jogos decisivos como o deste domingo entre Criciúma e Figueirense. Até hoje a única vítima neste processo foi Paulo Henrique Bezerra, alvo de críticas pesadas de funcionários do Figueirense, o gerente de futebol Anderson Barros e o técnico Alexandre Gallo. Bezerra está afastado por “motivos pessoais”, que até podem existir, mas que certamente não são os únicos. Os demais árbitros do quadro da FCF nunca receberam qualquer tipo de punição e estão liberados para errar a vontade. E o jogo de Criciúma? Ora o jogo de Criciúma envolve muita rivalidade e pode decidir o campeonato. Só isso.

Bingo

Se Luiz Orlando de Souza é o árbitro mais elogiado e de melhor rendimento no campeonato até aqui, enquanto Wagner FIFA Tardelli é considerado o “the best” pela corte, por que não colocar os dois no sorteio para o jogo de Criciúma? As bolinhas escolhidas foram Tardelli e Célio Amorim. Deu Célio no jogo mais importante e para o carioca sobrou o “amistoso” entre Guarani e Metropolitano. Luiz Orlando ficou fora da rodada.

Ouvidos moucos

A diretoria e comissão técnica do Santos não param de reclamar por causa da derrota em Oruru, Bolívia, jogo pela Libertadores a 3.800 metros de altitude. Nada que incomode os senhores da Conmebol – Confederação Sul-Americana -, apesar das recomendações da FIFA, nem mexa com os brios de quem deveria defender os interesses do futebol brasileiro, no caso os homens da C BF.

Óleo na pista e na frigideira

Com a disputa da primeira prova da temporada da Fórmula I, a de Melbourne, na Austrália, começou a fritura de Felipe Massa. Os italianos garantem que o brasileiro em 2009 será substituído pelo alemão Sebastian Vettel que, por sinal, corre em equipe com motores Ferrari. Na Espanha jornalistas especializados apostam que o compatriota Fernando Alonso assumirá a vaga. Ao tentar pular fora da frigideira Massa lembrou, irritado com a boataria, que tem contrato de três anos com a escuderia. Esse assunto nasceu com o acidente em que Felipe Massa foi acusado, inclusive pelo campeão e ex-ferrarista Schumacher, de ter tirado David Coulthard da prova australiana na primeira volta. O afastamento de Jean Todt da Ferrari, cujo filho é empresário do piloto brasileiro, botou mais gás na alimentação desse fogo. Na pista a resposta veio veloz com a pole no Grande Prêmio da Malásia, mas ao escorregar numa curva e deixar a prova quando estava na ponta, Felipe Massa trocou o podio pela frigideira.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Quinta-feira

Deu bode

A diretoria do Marcílio Dias queria resolver o problema da falta de segurança no estádio Hercílio Luz apenas com a retirada de dois refletores que ameaçam cair. Seria cômico, não fosse trágico, noticiar como vítima fatal torcedor atingido por uma das luminárias condenadas pela vistoria que, pensava-se, teria sido levada a sério. Só ficaria faltando passar Durepox nas rachaduras das arquibancadas e o Gigantão das Avenidas estaria salvo e seus freqüentadores tranqüilos. Quer dizer, a idéia era tirar o bode da sala e, assim, Ministério Público, Crea, Associação de Clubes, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e, principalmente a Federação, se dariam todos por satisfeitos. Felizmente o judiciário agiu e determinou a interdição do estádio marcilista.

Ócio pascoalino

A Federação Catarinense de Futebol decidiu suspender o expediente da quinta-feira em virtude do feriado da sexta-feira. Não inventei essa pérola, está escrito no site da entidade, atendendo RDI 17/2008 assinada por seu presidente ou alguém da alta cúpula. Para que ninguém pense que a turma tem muita folga, está lá escrito também que o expediente normal será retomado a partir das 14 horas da segunda-feira. Tudo certo, ninguém é de ferro e nada de importante – ou preocupante – acontece atualmente no futebol catarinense.

Promessas

O dinheiro é nosso, as promessas são deles: o Ministro do Esporte, Orlando Silva, está prometendo recursos do Programa para Aceleração do Crescimento, o PAC do presidente Lula, para as 12 cidades que forem escolhidas como sedes da Copa do Mundo de 2014. Florianópolis está entre as 18 candidatas e o Governador Luiz Henrique também já fez sua promessa, garantindo que até lá a Capital contará com um metrô de superfície.

Pode tudo

A FIFA acenou com uma proibição a jogos acima de 2.500 metros de altitude. O Santos jogou ontem pela Libertadores em Oruru, cidade boliviana a 3.800 metros. Além da altitude e do frio os santistas enfrentaram uma viagem de avião a La Paz, depois a Santa Cruz de la Sierra e, por último, duas horas de ônibus até o local do jogo.

Mentira de muitas pernas

O goleiro Marcos, do Palmeiras, foi citado em súmula pelo árbitro Paulo César de Oliveira como agressor do atacante Malaquias, do Bragantino. O TJD puniu o palmeirense com suspensão de apenas um jogo, graças ao testemunho do próprio Malaquias, que foi ao tribunal dizer que não foi agredido.

Bravo

Ouvi domingo a jornada esportiva da rádio Globo do Rio e pude acompanhar o bom trabalho da repórter de campo Taíssa Bravo. Dá banho em muito marmanjo experiente, detalhando as jogadas, fazendo com que o ouvinte “enxergue” o lance. A maioria hoje apenas repete o locutor.

Economia

Façam o que fizerem com os tibetanos que lutam pela independência do seu país, os chineses não correm o mínimo risco de boicote à Olimpíada de Pequim. Um mercado emergente de 1,3 bilhão de pessoas é o aval mais que suficiente para que os europeus coloquem o esporte em primeiro lugar. A Europa tem um mercado bilateral com a China próximo os U$$ 320 bilhões, dados esses relativos a 2006 e que já devem ter evoluído muito.

Muy amigo

O francês Zinedine Zidane lembrou domingo o antigo bordão de Jô Soares ao passear por São Paulo cheio de gentilezas para com o nosso país. Em uma entrevista coletiva o carrasco do Brasil nas Copas de 1998 e 2006 afirmou que “os ingleses inventaram o futebol, os brasileiros o reinventaram”.

Sinistro

Lembram do Marco Aurélio Cunha, aquele baixinho que andou pelo Figueirense e pelo Avaí e cujo trabalho ninguém sabe, ninguém viu? Agora, no São Paulo, continua sem exercer medicina, a sua profissão. É uma espécie de aspone que só aparece para reclamar da arbitragem e falar mal dos adversários.

Quem é quem

Avaí, Criciúma e seus advogados terão que se explicar no STJD, Rio de Janeiro, onde vai parar o rumoroso e escandaloso processo que terminou em absolvição ampla, geral e irrestrita, graças ao nosso tribunal. Explicação mesmo, e das boas, quem deveria dar são os promotores da lambança jurídica que deixou o dito pelo não dito, apesar das conseqüências funestas do incidente.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Terça-feira

Tetra à vista

Depois de ganhar o título do turno, nas condições em que ganhou, o Figueirense dificilmente deixará escapar o returno e, com ele, o tetra campeonato. Vencendo o Criciúma fora de casa no próximo domingo a diferença sobre este adversário aumentará para quatro pontos. O jogo contra o Avaí será no Scarpelli e nada indica que o Figueirense repetirá seu maior rival, que tinha a faca e o queijo na mão e deixou o rato comer. A regularidade do time de Alexandre Gallo não deve ser confundida com a enganação avaiana do primeiro turno.

A turma de baixo

Serão três os rebaixados em 2008 e a briga por esta honraria está grande, envolvendo inclusive o Joinville, a grande decepção do ano. O Brusque é o mais sério concorrente a uma das vagas, bem acompanhado por Guarani, Cidade Azul, Juventus e, quem diria, o Marcílio Dias.

Saber jurídico

Os participantes de outros estados do Congresso Nacional de Justiça Desportiva, um dos eventos da sétima edição do Fórum Internacional de Esportes, mês que vem em Florianópolis, terão uma excelente oportunidade para o aprimoramento de seus conhecimentos. Afinal, é de Santa Catarina o Tribunal de Justiça Desportiva de atuação mais séria de todo o país, cujas decisões não merecem o mínimo reparo.

Pelo Brasil

Os principais estados brasileiros já têm seus favoritos mapeados, especialmente Rio e São Paulo. O Palmeiras de Wanderlei Luxemburgo acaba de colocar o São Paulo de Murici Ramalho no seu devido lugar com uma goleada de 4 a 1. No Rio os reservas do Flamengo, que já é campeão do turno, botaram banca diante do Botafogo, apesar da derrota. Em Minas o Cruzeiro do Adilson Batista está sobrando na competição com o Atlético de Geninho. O Atlético Paranaense do discretíssimo Ney Franco, apesar das duas derrotas consecutivas, tem vantagem muito grande sobre os principais adversários. No Rio Grande do Sul Celso Roth vai levando o Grêmio do seu jeito, enquanto o Inter não consegue confirmar com Abel Braga os elogios despejados sobre o grupo desde o início da temporada.

Duas caras

A repentina aproximação de Pelé e Ricardo Teixeira enche de suspeitas o mais distante dos torcedores e o mais otimista dos jornalistas que conhecem bem os caminhos de cada um. A cortina de fumaça é a Copa de 2014 no Brasil. Desculpem o clichê, mas, se onde há fumaça há fogo e, fartem-se nas conclusões.

Linhas tortas

Pelé só não é craque nessas idas e vindas e nas palavras. Por sinceridade ou frases mal colocadas ele acaba invariavelmente perdendo a majestade. Como agora, quando disse não esperar que Ronaldo volte a jogar o mesmo futebol que o consagrou. Pelé disse o óbvio e o que está na cabeça de todo mundo, menos para os que preferem a saída fácil da bajulação.

Verdades e mentiras

A casa está caindo, dentro e fora do campo. E ninguém no Marcílio Dias e na Federação explica como o estádio Hercílio Luz escapou da interdição. Ou será que as rachaduras nas arquibancadas e os podres nos refletores só apareceram agora? Talvez algum acidente grave desperte os dirigentes para a realidade. Por enquanto a única providência concreta é impedir entrevistas a alguns repórteres.

Perguntinhas

O que será que pode acontecer com o Atlético por causa dos incidentes em Ibirama domingo durante o jogo com o Avaí? E o árbitro Célio Amorim, que expulsou só jogadores do Atlético, está garantido na próxima rodada? Será que o TJD vai rasgar outra página do livro de ocorrências do campeonato catarinense?

Replay

O que o Avai menos precisava no momento era a contratação de um aspirante a treinador. Parece que lições de um passado não muito distante não foram assimiladas no clube.

Investimento

Com a goleada de 6 a 1 sobre o Guarani domingo a Chapecoense motivou ainda mais o torcedor da região para o jogo contra o Inter pela Copa do Brasil. Vai faltar lugar no Índio Condá para a torcida da casa, dividida entre colorados e secadores, mesmo com ingressos a um preço mínimo de R$ 50,00.

sábado, 15 de março de 2008

Sábado/domingo

A culpa é do seu Ivo

O pleno do Tribunal de Justiça Desportiva decidiu, com sabedoria e visão social, que o seu Ivo Silva, aquele aposentado de 62 anos, estava no lugar errado e na hora errada. E só por isso teve a mão amputada na explosão de uma bomba jogada por um torcedor do Avaí. Pensando bem, os iluminados do TJD estão cobertos de razão. O que um aposentado tem que se meter em uma arquibancada e torcer pelo seu time do coração? Ao invés de vestir a camisa do seu Criciúma, de se deslocar até o estádio, pagar ingresso, confraternizar com seus amigos tomando uma cervejinha, e vibrar com o time que pode ganhar o returno e decidir o título com o Figueirense, fique em casa. Além de desviar a atenção de quem está lá apenas para assistir futebol, dá um trabalho danado socorrer um ferido, chamar ambulância, transportá-lo ao hospital, reunir médicos, preparar centro cirúrgico e outras providências necessárias. E, por fim, ainda ouvir o seu Ivo, centro de todas essas atenções e transtornos, dizer que não sente raiva dos imbecis que o mutilaram. Ora seu Ivo, assista o Criciúma no conforto do seu lar pelo sistema pay per view – se não tiver dinheiro faça uma vaquinha no bairro – e não vá ao estádio incomodar meio mundo. Por sua causa os atarefados membros do TJD foram obrigados a se reunir e criar teses jurídicas mirabolantes para burlar o Estatuto do Torcedor. Esse documento que só tem criado problemas para os tribunais, dirigentes esportivos e autoridades responsáveis pela segurança de gente como o senhor, seu Ivo, que só vai a estádio para arrumar confusão.

Complô

Pelo jeito a ordem jurídica no país ainda não está suficientemente confusa e desmoralizada. Enquanto a justiça desportiva alivia a consciência daqueles que devem zelar pela tranqüilidade do torcedor, o Ministério Público luta para tirar o público dos estádios. Não ajuda nada proibir torcedor de vestir a camisa do seu clube quando ele for visitante. Ou impedir gremistas com suas camisas de se juntarem à torcida da Chapecoense no jogo da próxima semana com o Internacional pela Copa do Brasil. Já escrevi sobre isso e vou repetir em todas as colunas, se for necessário: tirem a rivalidade e a cor dos estádios e estarão matando aquilo que move o torcedor e dá graça ao futebol. O conflito não é gerado simplesmente pelas camisas, mas sim pela desorganização de nossos campeonatos, pela falta de planejamento e estrutura das áreas de segurança e, acima de tudo pelo despreparo dos dirigentes de federação e de clubes. E muito, mas muito mesmo, pela omissão e brandura dos tribunais esportivos.

Cadê o resultado?

A direção do Marcílio Dias está chorando o fim do convênio com a Prefeitura, através da Fundação Municipal de Esportes, que garantia um troco mensal para gastos com as divisões de base do clube. Diante do exposto, cabe a pergunta: quantos jogadores jovens, criados na casa, fazem parte hoje do elenco principal do Marinheiro? E mais: dinheiro para o futebol profissional, quando diversas outras modalidades vivem de chapéu na mão?

Fórmula mágica

Os cariocas deram um jeito para evitar surpresas nas fases mais quentes da Taça Guanabara, vencida pelo Flamengo, e da Taça Rio, ora em disputa. Basta fazer com que os chamados grandes não saiam de casa para enfrentar os pequenos, estes sim, envolvidos em competição autofágica. Aí fica fácil, embora sem a mínima graça, garantir que Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco participem das etapas mais quentes do campeonato. Quando se pensa que os cartolas esgotaram o repertório de tolices, eles aparecem com novidades. Como é criativa essa turma!!!

Martírio

Para o torcedor do Avaí não basta ver o time cair pelas tabelas todos os anos, há dez temporadas, às portas do décimo primeiro fracasso. O sofrimento tem que ser duplo, com o sucesso do maior rival, jogando a série A do Brasileiro, e se aproximando do tetra estadual. Como desgraça pouca é bobagem, o time se desestrutura e troca de técnico no meio de uma competição, véspera de outra.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Quinta-feira

Burocratizando a confusão

Nossas carteiras ou porta-documento, como queiram, hoje servem para carregar documento de identidade, título de eleitor, carta de motorista, documentos do veículo, passaporte, se for o caso, cartões de crédito, do CPF, de vacina, da loja onde temos crediário e nossa identificação profissional. Esqueci de algum? Acho que não. Pois agora o cidadão ou cidadã da arquibancada deverá acrescentar à sua mochila a carteirinha (com foto ou sem foto?) expedida pela Federação de membro de torcida organizada, Faz parte de um instrumento legal chamado pomposamente de Termo de Ajustamento de Conduta entre o Ministério Público e as entidades envolvidas com o futebol. O prazo para o cadastramento é de dez dias, sem o quê o torcedor será barrado no portão do estádio. Quero ver para crer. Os porteiros, geralmente mal orientados, já não dão conta de suas tarefas atuais. Têm carteirinha e carteiraço para todos os gostos e tormento de seguranças e similares, geralmente exemplos de sensibilidade e gentileza. A Federação, por seu lado, com sua conhecida agilidade e competência, vai acrescentar o tantinho que falta para aumentar o transtorno que são os acessos aos nossos estádios. E, tragédia das tragédias, sem que o objetivo principal – acabar com os conflitos entre torcidas – seja alcançado.

Cuco dentuço

Tadinho daquele simpático pássaro dos relógios de parede, que aparece e desaparece anunciando a hora ou meia hora, dependendo do gosto do freguês. A comparação é inevitável, tantos são os entra e sai de Ronaldinho Gaúcho nas convocações do Dunga, o técnico que tem o nome de anão trocado, pois deveria se chamar Zangado. Mas, aí já é outra história.

Notícias da corte

Olha lá, não fui eu quem chamou de “sorteio chinfrim” aquele democrático procedimento da Comissão de Arbitragem, parecido com um bingo, e que indica para os jogos do campeonato catarinense os outrora denominados “homens de preto”. Falando no assunto, sai o ex-árbitro Bezerra, de Florianópolis, entra o Pedro, ex-árbitro de Itajaí. Daqui um tempo tem que mudar o nome da Federação, cada vez mais regionalizada, como quer seu presidente. O Rei exige pompa, circunstância e submissão.

É proibido proibir

A direção da Chapecoense quer ampliar a capacidade do estádio Índio Condá para o jogo contra o Internacional pela Copa do Brasil. Do dia para a noite, através da utilização de arquibancadas metálicas, aquela praça de esportes ganhará acomodações para mais três mil torcedores. Pergunto eu: já esqueceram o acidente do ano passado no estádio do Brusque, quando o desabamento de parte de uma arquibancada feriu torcedores do Avaí, alguns com gravidade? E a proibição para a utilização deste tipo de arquibancada, foi parar aonde? Eu sei, mas não conto.

Queda anunciada

É grande a polêmica entre os avaianos sobre a demissão do treinador Sérgio Ramirez e são muitas as razões apontadas pela mídia esportiva para explicar o ocorrido. Nenhuma delas, no entanto, lembra a vexatória derrota de 3 a 0 para o Figueirense na Ressacada. Nenhum técnico passa impune por um resultado desses num clássico e foi ali que começou a derrocada do time e de Ramirez

Sonho e realidade

Capacidade para mais de 30 mil espectadores, padrão Fifa e custo de R$ 35 milhões, são os dados principais do Estádio Esportivo e Multifuncional do Sesi, em Blumenau. Quem, apressadamente concluir que estaria aí a redenção do futebol blumenauense, deve lembrar do Joinville desde que inaugurou sua moderna Arena. Uma grande praça de esportes por si só não transformará Blumenau na Meca do futebol catarinense.

Só quero entender

De que adianta encher de “olímpicos” (jogadores com menos de 23 anos) a lista de convocados se eles não são aproveitados nos amistosos e só esquentam banco? Dunga tem pouco tempo para formar o time que vai representar o Brasil na Olimpíada em Pequim. E por que jogar em Londres um amistoso comemorativo a uma conquista que aconteceu na Suécia?

terça-feira, 11 de março de 2008

Terça-feira

Quem pode, pode

Ao melhor estilo choro de perdedor, o Avaí saiu de campo reclamando muito da arbitragem na derrota para o Marcílio Dias. Como os avaianos não são vizinhos da Federação e, além disso, enfrentaram o time do Doutor Delfim, ficará o dito pelo não dito, o choro pelo choro. E tem mais: Tardelli não é Bezerra, Zunino não é Prisco Paraíso, o Avaí não é o Figueirense, o seu gerente Sérgio Prestes não é o gerente Anderson Barros, Sérgio Ramirez não é o Alexandre Gallo. Ou seja, tem um lado que pode tudo, inclusive vetar o Paulo Henrique, filho do homem da Comissão de Arbitragem. O outro simplesmente morre abraçado com sua torcida e vendo o adversário desfrutar das benesses de um excelente relacionamento com a cúpula da Federação.

Quem não pode...

E, do jeito que a coisa vai, não demora muito a direção do Avaí e seus parceiros terão que mais uma vez jogar a toalha no campeonato catarinense. Sem Sérgio Ramirez e com nova comissão técnica o clube terá que voltar suas atenções para a série B do campeonato brasileiro, para evitar sustos como os do ano passado e mais um grande desgosto para seus sofridos torcedores.

Morte anunciada

Os episódios ocorridos no campeonato de 2007, principalmente os que envolveram as arbitragens, sinalizaram problemas sérios não levados em conta pelos dirigentes de clubes e da Federação. As brigas de torcidas, a falta de estrutura de alguns estádios, a sistemática desobediência às leis do esporte e a brandura do TJD contribuíram para uma contabilidade negativa em termos de organização, tudo repetido em doses cavalares este ano.

Sinal vermelho

A politicagem ameaça contaminar as ações que visam credenciar Florianópolis como uma das sedes para a Copa de 2014. A proximidade de eleições dará a certas figuras da política catarinense o desejado palanque construído indevidamente com o material fornecido com fartura pelo esporte, o futebol principalmente.

Sinal amarelo

O Guarani de Palhoça levou aos dirigentes da Federação seu projeto para construção de um novo estádio. Que bom. Isso evitará o constrangimento e a ilegalidade a que o simpático clube da Grande Floripa está submetido, obrigado a jogar um campeonato inteiro em casa alheia. Preocupa-me apenas a divisão do projeto em três etapas, com a primeira garantindo capacidade para cerca de cinco mil espectadores somente. Quem garante que um novo prefeito ou novos dirigentes darão seqüência ao projeto?

Sinal verde

Para o bom futebol do meia Cleiton Xavier, rejeitado por Abel Braga no Internacional, destacando-se na atual temporada como um dos principais jogadores do Figueirense. Alvíssaras também para a recuperação do Atlético de Ibirama pelas mãos de Joceli Santos. Desde que não seja fogo de palha.

Campeão antecipado

Com o Avaí ficando pelo caminho sobraria apenas o Criciúma para fazer frente ao poder de fogo do Figueirense. E, havendo um campeão do returno que não seja um dos dois – o Joinville hoje luta para fugir do rebaixamento – podem encaminhar as faixas ao endereço do Orlando Scarpelli.

Desfalques

O Fluminense, que perdera Leandro Machado por questões jurídicas, agora fica dois meses sem Dodô por causa de uma lesão séria no rosto. Para encarar a Taça Rio e Libertadores o time está limitado a Washington, único atacante de ofício com experiência. Um bom desafio para o técnico Renato Gaúcho.

Mulheres

O marketing do Internacional aproveitou o Dia Internacional da Mulher e liberou o ingresso feminino para o jogo de sábado no Beira Rio contra o Brasil de Pelotas. O resultado foi presença maciça de famílias nas arquibancadas e mais de dez mil mulheres torcendo pelo Inter. Público total de 46 mil pessoas.

Justiça para todos

Três avaianos, um deles sobrinho do criciumense e atual presidente da Celesc, Eduardo Moreira, estão presos em Criciúma por causa da bomba atirada contra a torcida adversária. Quem será o primeiro a ganhar liberdade? Avaí e Criciúma perderam o mando de campo, mas jogarão em seus estádios a próxima rodada.










sábado, 8 de março de 2008

Sábado/domingo

Eu só quero entender

Caríssimos leitores. Desculpem se insisto em determinados assuntos que envolvem o nosso futebol, seus organizadores e autoridades competentes. Juro que não é implicância. É que, para falar mal ou falar bem de situações ou de pessoas, preciso estar muito por dentro dos fatos e de tudo o que os cercam. Vejam, por exemplo, o caso dos estádios catarinenses. Cada dia tem uma novidade Uma hora é o Guarani de Palhoça, obrigado a jogar um campeonato inteiro em casa alheia, daqui a pouco é o Cidade Azul, representante de Tubarão, sem nome e sem estádio até pouco antes de a bola rolar. Agora, com o campeonato já no segundo turno, chegou a vez do Marcílio Dias merecer a atenção do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, Vigilância Sanitária e o escambau. Tudo por causa dos refletores, postes, fiação e não sei o que mais. Ora, a competição começou em janeiro e só em março enxergaram os podres da iluminação marcilista. Aquela tal comissão de vistoria, cantada em prosa e verso pela Federação, faz o quê? Os laudos por ela emitidos servem pra quê? Pode ser que até o fim do campeonato eu entenda tudo tim tim por tim tim.

Dura lex, mole lex

Sei que a gravidade dos incidentes ocorridos em vários jogos do campeonato catarinense, o último deles em Criciúma, não elimina as filigranas jurídicas nem modifica os ritos processuais. Temos artifícios para dar e vender, para condenar e absolver. Movido pela esperança, acredito que um dia nossos legisladores encontrem um jeito que não deixe impune a bandidagem que povoa nosso futebol, dentro e fora dos estádios. Um torcedor mutilado por uma bomba, como aquele senhor aposentado e torcedor do Criciúma, precisa confiar na justiça. Não essa que aplica pena rigorosa numa noite e dois dias depois deixa o dito pelo não dito, abrindo caminho para alterações de sentença ou amenização de penas. Assim sendo fica mais fácil entender porque um magistrado do STF, a mais alta corte do pais, pede vistas de um processo cujo assunto, a Lei de Bio-Segurança – utilização de células troncos para pesquisas – vem sendo discutido por todos os segmentos da sociedade brasileira há mais de três anos.

Mea culpa

Acho que hoje acordei com saudades das minhas aulas de latim. Mas, voltemos ao futebol e às mumunhas da cartolagem. O diretor técnico da Federação Catarinense, o jovem e promissor Fábio Nogueira, admite que o Marcílio Dias não tomou providências quanto as melhorias exigidas para o estádio do Marcílio antes de o campeonato começar. Resultado das tais vistorias que nunca dão em nada. A falta de cobrança e fiscalização se deve, talvez, à distância entre a sede da Federação e o estádio Hercílio Luz.

Olha o mau exemplo

Gostaria de refrescar a memória dos nobres e omissos dirigentes e das autoridades responsáveis pela segurança de torcedores e afins, sobre as sete mortes no estádio da Fonte Nova, em Salvador. Por causa deste acidente de conseqüências gravíssimas, o ex-jogador Bobô e sua turma, funcionários da instituição que deveria zelar pelas boas condições daquele estádio, foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio culposo.

Quem avisa amigo é

Por isso nunca é demais dar alguns toques para o pessoal que gosta de ver estádio – qualquer um – lotado e a burra cheia. Vem aí o jogo pela Copa do Brasil entre Chapecoense e Internacional. Chapecó e região, mais os municípios vizinhos do Paraná e Rio Grande do Sul, já se mobilizam para conseguir ingressos. Quem conhece como eu a capacidade e a estrutura do estádio regional Índio Condá, sabe o que estou dizendo. E avisando. Porta arrombada vão dizer que era jogo nacional, responsabilidade da CBF, patati, patatá.

Uma coisa é uma coisa...

Os tambores da mídia carioca rufaram com toda a intensidade depois da vitória por 6 a 0 do Fluminense sobre o modesto Arsenal da Argentina, no Maracanã. Após a derrota do Flamengo no Uruguai por 3 a 0 para o não menos modesto Nacional, baquetas cruzadas e silêncio em respeito ao tropeço rubro negro.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Quinta-feira


Ou dá ou desce

O título acima pode parecer chulo, mas é extremamente verdadeiro. Não há como combater a violência e as badernas promovidas nos estádios a não ser com atitudes extremas visando a segurança daquele torcedor que sai de casa apenas para se divertir assistindo uma partida de futebol. Avaí e Criciúma foram punidos com rigor por uma das câmaras do TJD, decisão que pode ser reformulada pelo Pleno. De qualquer forma, perder mandos de campo no returno que precisa ser conquistado pelos dois para evitar mais um título do Figueirense, é um prejuízo gigantesco para os clubes por ações de uma meia dúzia de insanos travestidos de torcedores. Meu medo é que uma concessão do efeito suspensivo ou reformulação de sentença com diminuição da pena – e tomara que nenhuma das opções se concretize – transmita aos imbecis de plantão aquela sensação de impunidade que os fará voltar aos estádios para agredir, mutilar e, daqui a pouco, até matar o “inimigo” da camisa adversária.

Porta arrombada

Episódios anteriores à mutilação por bomba de um torcedor do Criciúma, se não passaram em branco, não mereceram a mesma atenção de tribunais e autoridades responsáveis pela segurança nos estádios. Um torcedor foi atingido por um tiro no estádio do Marcílio Dias, outro, do Joinville, acabou assassinado em Florianópolis, na BR, com uma pedrada. Uma arquibancada metálica desabou em Brusque, ferindo torcedores avaianos, um deles com gravidade e brigas, dentro e fora dos estádios, tornaram-se rotina no futebol catarinense. Tudo isso sem que houvesse, após cada um dos casos, qualquer tipo de ação preventiva ou punitiva por quem organiza as competições ou pelos responsáveis pela segurança do torcedor. Só agora, depois de mais um incidente grave, parece que decidiram passar a tranca de ferro. Eu escrevi, parece.

A bola pelos cifrões da fé

Querem proibir a venda de destilados dentro e nas imediações das praças esportivas. Vá lá, o poder de fogo destas bebidas é muito grande. Até aquela cervejinha básica, que combina tanto com futebol quanto a paixão de uma torcida, está na mira da lei. Aceitemos. Bebida e esporte, em qualquer circunstância, não fazem uma boa parceria. Contudo, é exagerado e inócuo proibir camisas, bandeiras, faixas, bandanas ou qualquer artefato inofensivo e identificador - ainda que provocativo – com a intenção de garantir segurança. Estádio sem cor, sem barulho, sem manifestações da rivalidade sadia, é o fim do futebol. Fechem o Scarpelli, a Ressacada, Arena Joinville, Heriberto Hulse, Maracanã, Mineirão, Morumbi, Arena da Baixada, Beira Rio, Olímpico e todos os grandes estádios do norte e nordeste. E abram alas para a hipocrisia e o cinismo, transformando todas essas praças esportivas em imensos templos religiosos tão na moda. Espectadores e dinheiro não vão faltar. A clientela, embora barulhenta, é muito rica e, aparentemente, comportada. Não é um bom negócio?

A grande omissão

Como responsável durante oito anos pela área de comunicação de uma fundação estadual de esporte, a Fesporte, participei de eventos em Santa Catarina e diversos estados brasileiros. Pude testemunhar, então, o desleixo das autoridades ditas educadoras, com todas as faixas etárias do nosso atleta. Como entender diferente, olhos bem fechados para a venda indiscriminada de bebida alcoólica dentro e fora dos ginásios? Cansei de ver gente bebendo, alguns ainda vestindo o uniforme da competição ou da instituição que representavam como dirigentes, nos próprios locais dos jogos, independente da modalidade. Meu testemunho inclui, pasmem, mesas repletas de garrafas consumidas, colocadas muitas vezes ao lado das quadras, para alegria dos ecônomos destes locais, lucrando com a omissão dos que deveriam zelar pela educação do jovem e do atleta. Até hoje – e gostaria de ser corrigido – não tive conhecimento de nenhuma medida restritiva a essa prática por parte de algum legislador, membro do governo ou dirigente esportivo.


terça-feira, 4 de março de 2008

Terça-feira

Currículo às avessas

Avaí e Joinville estão se especializando em derrubar treinadores que acabam fazendo muito sucesso em outras equipes, desde que fora de Santa Catarina. Guilherme Macuglia e Wagner Benazzi, por exemplo, passaram por um e por outro e hoje têm uma trilha de de bons resultados no futebol paulista, hoje no Guaratinguetá e Portuguesa, respectivamente. Arthur Neto faz parte desta relação, junto com Adilson Batista, ambos com trabalhos reconhecidos em outros estados e até no exterior, caso do atual treinador do Cruzeiro. Seguindo esse roteiro, as próximas “vítimas”, com futuro garantido longe da Ressacada e da Arena, serão Sérgio Ramirez e Agenor Piccinin. Os dois agradecerão penhoradamente as vaias e os xingamentos de torcedores do Avaí e Joinville.

Bom pra quem?

Essa história das parcerias renderia uma boa investigação com resultados no mínimo interessantes e esclarecedores. Em Santa Catarina as vítimas do momento são Avaí e Joinville, coincidentemente focos da nota acima. Os acertos entre as partes são sempre envoltos por mistérios e segredos guardados em cofre forte. Mídia e torcida são mantidos à distância de qualquer informação e não são permitidas perguntas embaraçosas. É grande o alvoroço quando a curiosidade jornalística, obrigatória em qualquer profissional que se preze, começa a questionar resultados e buscar detalhes sobre lucros e perdas. Coincidência, também, é a campanha irregular dos dois supra citados, apesar das sempre renovadas promessas de vida nova e futuro promissor. Apesar dos pesares as parcerias continuam firmes. E indecifráveis.

Mesmice

A virada do turno por enquanto não trouxe novidades para o torcedor. O ressuscitado Figueirense segue favorito, apesar das chances de recuperação que concede aos adversários. O Avaí faz que vai, mas não vai, o Joinville continua decepcionando, o Metropolitano corre por fora, não se sabe com que destino e o Marcílio Dias não sai do lugar. Quem sabe o Criciúma? Os demais são meros figurantes.

Cheiro do ralo

A revista Veja está denunciando que o Ministério do Esporte, através do programa Segundo Tempo – crianças praticando esporte no contra turno escolar – repassou mais de R$ 400 milhões a organizações não governamentais controladas pelo PC do B, partido do Ministro Orlando Silva. Algumas Ongs, segundo a denúncia, estariam desviando para fins eleitorais os recursos destinados a atender crianças carentes. Esse mau cheiro ainda vai empestar e poluir muita praia catarinense.

Ócio criativo

Na falta do que fazer a Federação Catarinense proibiu qualquer tipo de faixa com dizeres – no seu entendimento – ofensivos a autoridades esportivas. Domingo, em Criciúma, o árbitro Edmundo Alves do Nascimento fez cumprir essa determinação, mandando retirar uma faixa das arquibancadas, sem o que não começaria o jogo. Coitados, mal dão conta do que acontece dentro do campo, ainda têm que se preocupar com a periferia. Só falta pedir que eles apartem briga de torcedores.

Ainda 78

Tem denúncia nova em assunto velho, aquela partida que rendeu à Argentina classificação para a final da Copa de 1978, contra a Holanda. Segundo reportagem do Fantástico, TV Globo, o cartel de Calli teria comprado os peruanos na derrota por 6 a 0 para os argentinos: 50 mil dólares para cada jogador (eram quatro) ciente do acordo, mais 250 mil para membros da Comissão Técnica. O Peru teria ganho um carregamento de trigo equivalente a 100 milhões de dólares. O invicto Brasil, superado pelo saldo de gols, saiu desta Copa como campeão moral, expressão criada na época pelo treinador e capitão Cláudio Coutinho.

Homem bomba

Já soube de dólares escondidos na cueca, episódio conhecido e muito falado na época do mensalão. Agora, bomba escondida na Zorba para entrar no estádio. Que perigo!!!

Artilharia pesada

Lembrando da derrota para o Figueirense ano passado, em pleno estádio Olímpico, o Grêmio está atrás do atual goleador do Paulistão, Otacílio Neto, hoje no Noroeste. O time gaúcho já tem Soares, outro ex-alvinegro.




sábado, 1 de março de 2008

Sábado/domingo

Só rindo

Repete-se à exaustão no futebol dirigido pelo Doutor Delfim o adágio “pimenta nos olhos dos outros é colírio”. Quer dizer, os erros de árbitros sem condições técnicas, alguns deles com medo até da própria sombra na hora de impor a disciplina dentro do campo de jogo – incluindo banco de reservas e comportamento de treinadores – só incomodam quando afetam interesses próprios dos eventuais reclamantes. É constrangedor – e revelador - o silêncio em relação aos organizadores do campeonato. Os que se sentem prejudicados, pelas mudanças constantes na tabela – a culpa é sempre e só da televisão –, por escalas mal feitas e que acabam determinando arbitragens ruins, e pela evidente proteção a determinados currais eleitorais, calam e consentem. Têm o voto como arma, mas reclamam só quando o colírio vira pimenta. Bem feito, bando de omissos e coniventes. Mesmo sem achar graça, é de morrer de rir essa bronca do presidente e do técnico do Marcílio Dias pra cima da arbitragem do João Fernandes.

Só rindo mais ainda

A Federação Catarinense de Futebol vai proibir qualquer manifestação nos estádios com críticas às autoridades esportivas. Estão na mira faixas, aquelas tipo “Fora Delfim”, bandeiras, papel higiênico, qualquer coisa que sirva para um torcedor descontente escrever algumas cobrinhas e lagartos. O Tribunal de Justiça desportiva promete rigor contra os infratores. Briga, tiro, bomba, pedrada, isso ta liberado.

Música antiga

Essa cantilena repetida ano após ano ao longo da administração Delfim tem dois lados: o dos eventuais reclamantes, que sabem onde o sapato aperta, mas preferem tratar dos calos, ao invés de trocar de calçado, mesmo sabendo que existem modelos mais confortáveis e confiáveis. O outro lado é o dos fabricantes, os que, visando apenas o lucro eleitoral e financeiro, entregam um produto de má qualidade, beneficiados pela falta de fiscalização e acomodação dos principais interessados em caminhar com mais tranqüilidade e conforto. Não tem Procon que dê jeito nessa turma.

Impunidade

Os árbitros são ruins e mal intencionados. A imprensa é desonesta e facciosa. Sobre estas teses inteligentes e bem elaboradas, assentam-se as bases da revolta da cartolagem e dos treinadores, todos investidos de poderes inquestionáveis. Só dá para entender assim o fulcro das preocupações que hoje afligem o futebol catarinense e que, por conseqüência lógica, acabam envolvendo as arquibancadas, disseminando o ódio entre torcidas. Na coluna do débito já se contabilizam tiros, morte, feridos graves e brigas dentro e fora dos estádios. No crédito, onde deveriam estar providências rigorosas e punições, o saldo é zero.



Quem diria

Minha faísca atrasada impediu que ligasse o nome à pessoa e, mesmo através das fotos, identificasse um dos envolvidos no episódio da bomba em Criciúma. Acordei ao ler a coluna do César Valente neste diário. Aí lembrei que trabalhei na Fesporte com Guilherme Lacerda, um sujeito bonachão, tranqüilo, pai coruja, e muito, mas muito mais dedicado às singelas causas avaianas do que a algumas poucas missões de trabalho a ele confiadas. O Guilherme da barbárie de Criciúma, esse eu não conheço.

Morte anunciada

Os dias de Sérgio Ramirez na Ressacada estão contados desde que assumiu pela segunda vez como técnico do Avaí no final de 2007. Só os parceiros e dirigentes do clube não se deram conta de que Ramirez não é e nunca será o homem que vai tirar o torcedor avaiano deste inferno astral que já dura mais de dez anos.

As desculpas esfarrapadas

Pressão psicológica é o nome do mais novo adversário do Avaí no campeonato. Os do Figueirense chamam-se desinteresse ou laboratório, graças à classificação garantida na final como campeão do turno.

Encrenca à vista

A seleção brasileira pode ficar sem os convocados acima dos 23 anos, Kaká, Ronaldinho e o zagueiro Juan, eleitos por Dunga para a Olimpíada em Pequim. Os clubes estrangeiros estão garantidos pelo estatuto da FIFA para não atender a solicitação da CBF.