segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Terça-feira

Um Grande Ditador narigudo

Faz dois anos, mais ou menos, Delfim Peixoto participou de um programa apresentado por Fernando Linhares e por mim na TV Cultura de Florianópolis. Em sua despedida, o presidente da Federação agradeceu o convite e fez menção a “algumas” divergências que tenho com ele. Não tive tempo para fazer a correção na hora, televisão cobra caro cada segundo. O que faço hoje, após a sétima reeleição de Delfim Peixoto para a presidência da Federação Catarinense de Futebol, um recorde brasileiro, se não mundial, e que não deveria ser motivo de orgulho para ninguém. Nunca foram “algumas”, mas sim muitas divergências, motivadas exatamente pela perpetuação no poder e seus métodos administrativos. A desculpa esfarrapada – “nunca ninguém se interessou na doação de um terreno” - para tirar a sede da Federação de Florianópolis e levá-la para o quintal de sua casa, em Balneário Camboriú, faria o Pinóquio morrer de inveja do seu nariz, presidente Delfim. Gepeto e Charlie Chaplin teriam hoje, aqui mesmo na terrinha, boa fonte de inspiração para a recriação de seus emblemáticos personagens.

Resumo da ópera bufa

O leitor Walmor Carpes Filho resumiu em e-mail enviado ao senador Álvaro Dias, o pensamento e a revolta de boa parte dos brasileiros interessados em um país verdadeiramente sério e de instituições respeitadas. Extraí um trecho para que o doutor Delfim leia e entenda que não se trata de um caso pessoal, ao contrário, uma decepção ampla, geral e irrestrita com as burlescas atividades dos nossos políticos, especializados em engavetamentos de CPIs, e os irremovíveis dirigentes esportivos: “(...) Acho que, a CPI (Corínthians-MSI) deve sair e verificar se somente o Corínthians é que praticava as irregularidades apontadas. Será que os demais clubes não fazem a mesma coisa? Está na hora de apurar isso com rigor, inclusive estabelecendo uma norma sobre os mandatos dos dirigentes das federações e clubes de futebol, permitindo apenas uma reeleição, e não como acontece hoje, onde os dirigentes das federações e dos clubes de futebol se perpetuam no cargo e fazem dessas entidades seus feudos, que servem apenas para a promoção pessoal ou enriquecimento à custa dessas entidades, que muitas vezes recebem dinheiro público, através da Caixa Econômica Federal ou outra forma de repasse de dinheiro publico. Portanto, deveriam prestar contas e ter a sua atividade devidamente regulamentada (...).

A Copa é nossa

O desabafo acima lembra o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que antes de embarcar para Zurique deu uma passadinha em Brasília, onde recomendou o retardamento da CPI que pretende apurar as atividades da MSI e do Corinthians. Claro que uma investigação bem feita obrigatoriamente chegará a outros ilícitos e com ramificações por vários clubes e federações. A preocupação do doutor Ricardo tem sentido. Afinal de contas, a comitiva brasileira que excluiu Pelé e vai de Lula ao esotérico escritor Paulo Coelho, passando por Romário, não pode desviar seu foco da oficialização hoje na Suíça do Brasil como sede da Copa de 2014. Como escreveu Tostão na Folha de São Paulo, domingo, queremos a Copa, mas sem maracutaias.

O mico é deles

A gente nunca sabe quem são os treinadores das seleções brasileiras de base. Os caras só aparecem na hora de fazer as bobagens com nossos garotos. Jorge Silveira (quem?) está em Porto Alegre, dirigindo o time sub-15 no Sul-Americano da categoria. Domingo, na estréia e vitória de 1 a 0 sobre o Peru, seu Jorge fez quatro substituições, ao invés de três como determina o regulamento para qualquer jogo oficial. Perdemos os pontos e o resultado foi invertido para os peruanos com o placar de 3 a 0.

Calote

Falando em CBF, a entidade organizou às pressas uma Copa Brasil de futebol feminino, mas ainda não pagou o prêmio prometido às meninas da seleção brasileira pelas conquistas da medalha de ouro no Pan-Americano e de prata no Mundial da China.

Padrinho micha

O São Paulo vai comemorar o merecido bi-brasileiro amanhã, no Morumbi, ganhando do rebaixado América de Natal.

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