quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Quinta-feira

Puxa-sacos I

Cada vez que, por dever de ofício vejo pelo menos parte do “Bem Amigos”, programa da Sportv comandado pelo Galvão Bueno – e que melhora duzentos por cento quando ele está fora acompanhando a Fórmula I -, aumento minha irritação com o bando de beija-mãos que envergonham a classe jornalística. E olha que tem gente de renome nesse grupo de bajuladores. E não se trata de manter a classe diante de certos entrevistados, é puxa-saquismo mesmo. Falo da última segunda-feira, quando Dunga foi ao programa para defender algumas teses estapafúrdias e para explicar o inexplicável.

Puxa-sacos II

A questão do Alexandre Pato, por exemplo, é de um primarismo bárbaro. O menino, como gosta de salientar o técnico da seleção brasileira para dizer que ele não está “pronto”, apesar da pouca idade já disputou Mundial de Clubes, Recopa, Mundial Sub-20 e, no total, por inteiro, 14 dos 28 jogos em que começou como titular pelo Inter. Não está sendo aproveitado em partidas oficiais pelo Milan porque, quando contratado, não tinha 18 anos. Mas, tem jogado amistosos e já mostrou o que vale, inclusive marcando gol, como grande atacante que é. E lembram das embaixadinhas com o ombro no Mundial no Japão, uma variação interessante do “drible da foca”? Dunga não deve ter visto. Fiquemos com o Afonso.

Puxa-sacos III

Se for verdade que Deus limitou a inteligência, mas não limitou a burrice, então estamos contestando a pessoa certa, no momento adequado. Seleção, segundo até os piores dicionários disponíveis nas boas casas do ramo, quer dizer escolha dos melhores. No caso presente, estamos falando dos melhores atletas. Rogério Ceni, hoje um dos grandes goleiros do mundo, é outro que não tem vez na seleção do Dunga, que prefere o inseguro Doni. No entanto, o tapete vermelho estendido para o técnico por jornalistas amarelões, segrega qualquer possibilidade de argumentações inteligentes. Na verdade são todos bem amigos.

Sem teto

Escrevi na coluna anterior sobre a segundona gaúcha e a falta de condições dos estádios dos classificados para a primeira divisão em 2008. As observações estavam corretas, tanto que Inter de Santa Maria e Sapucaiense terão que arrumar casa para morar. Ao primeiro estão sendo exigidas reformas no alambrado, nas arquibancadas, com ampliação de capacidade e troca de gramado, hoje careca e cheio de buracos. Parece mentira, mas esse é o estádio de um clube de clube profissional. O representante de Sapucaia terá que alugar um estádio para jogar o campeonato gaúcho, optando entre duas universidades, PUC ou Unisinos. E o campeão da nossa segunda divisão? Será que também vai virar inquilino?

Ibope

Inconformado com os últimos resultados, principalmente a eliminação da Copa Sul-Americana, o homem do futebol do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, chamou os jogadores do seu time de covardes. Está explicada a demissão de Cuca. Dormia com o inimigo, junto com o presidente Bebeto de Freitas.

Day after

Abel Braga voltou ao Inter como salvador. Está virando vilão – cinco pontos em 18 disputados - por ter um bom grupo e não conseguir montar um time. Se perder para o Figueirense de Gallo hoje à noite, fecha o ciclo da tragicomédia colorada promovida pelo Abelão. E Alexandre Gallo, que saiu do Beira Rio escorraçado, dormirá o sono dos anjos no berço da vingança.

Pinóquios

As meninas da seleção brasileira de futebol voltaram ao Brasil e foram recepcionadas no aeroporto de São Paulo apenas por amigos, alguns parentes e passageiros em trânsito. Não demorou muito para que as promessas de apoio virassem uma grossa mentira. Apenas o tempo necessário para que as vice-campeãs mundiais pisassem o chão pátrio.

Parabéns

Com muito esforço e dedicação de seus dirigentes, Conselho Deliberativo, comissão técnica e alguns jogadores, o Avaí está próximo de alcançar seu objetivo, o rebaixamento para a terceira divisão do campeonato brasileiro. A torcida penhorada agradece principalmente ao presidente João Nilson Zunino, o mais vencedor de todos os presidentes avaianos. Merece ficar no cargo por mais alguns anos, até apagar definitivamente o Avaí do mapa do futebol brasileiro.







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