sábado, 25 de agosto de 2007

Sábado

Copa do B

Vem aí a Copa Santa Catarina, classificatória para a Recopa Sul, competição que reunirá os campeões catarinense, gaúcho e paranaense. Um enxe-linguíça de calendário que por aqui ainda não definiu número de participantes, embora a Federação já tenha divulgado a tabela. Certeza mesmo só para a presença de Figueirense, Avaí e Joinville, todos B, mais a Chapecoense.

Falta pouco

Estamos a uma semana do final da operação desmanche 2007 no futebol brasileiro. No final do mês termina o prazo para a saída dos nossos jogadores para o exterior. Até lá torcedores cruzarão os dedos para que não apareça nenhum empresário com euros e dólares atrás dos seus ídolos. Já os dirigentes deixarão sapatinhos na janela esperando por um Papai Noel de meio de ano.

Provocação

Dunga mantém a rotina dos treinadores da seleção, provocando polêmica pelo país inteiro e insuflando as paixões regionais. Tem um tanto de implicância dos que não gostam de seus métodos, mas uma boa porção de bizarrices de um homem turrão. A volta do Afonso e a opção por Doni ao invés de Rogério Ceni, para ficar apenas nisso, são preferências injustificáveis. O amistoso contra a Argélia deixou uma lição e uma advertência, depois que Ronaldinho e Kaká entraram no segundo tempo e mudaram a cara do time.

Convicção

Nessa trajetória até outubro, quando começa a eliminatória para a Copa do Mundo, não há muito tempo para indefinições. Por enquanto são muitos os escolhidos, poucos os eleitos: Júlio César, Maicon, Lúcio, Juan, Kaká, Ronaldinho e Robinho, sete apenas, são unanimidade. É pouco, quase nada.

Impressão

A passagem do Figueirense por São Paulo merece dois registros, ambos com a marca do seu treinador. A boa postura do time em campo, deixando escapar por pouco a classificação, e a presença do Mário Sérgio à tarde, no dia do jogo, no programa Arena, da Sportv. Simpático, bem falante, distribuindo sorrisos, como faz sempre que sai de Florianópolis, Mário apenas confirmou a impressão que tenho sobre sua aversão pela crônica esportiva da cidade onde ele vive e trabalha. E onde não ri, limita entrevistas e acesso aos treinos, e não participa de programas de rádio ou televisão. Para quem durante 15 anos esteve do outro lado do balcão, é lamentável.

Evidências

Nossos principais times e mais bem colocados na tabela do Brasileirão são dirigidos por treinadores formados futebolisticamente no sul. Cuca, pelo Botafogo, Celso Roth no Vasco, Renato Gaúcho no Fluminense, Paulo Bonamigo no Goiás e Carpegiani, tirando o Corinthians do atoleiro, são as realidades não reconhecidas pelo ranço carioca (principalmente) e paulista.

E agora?

Discussão interessante acontece no Rio Grande do Sul, onde a Brigada Militar (a PM de lá) não faz mais policiamento interno nos estádios. Essa bronca agora ficou por conta dos clubes e seus seguranças. Os “brigadianos”, como eles chamam, trabalham somente na parte externa das praças esportivas e arredores. Dentro, só pagando. Como, aliás, já acontece em Santa Catarina, onde os clubes têm desconto no borderô da taxa de policiamento em dias de jogos. O primeiro teste terminou em pancadaria, à tarde, num Grenal no Beira Rio pelo estadual de juniores. A confusão foi contida e o jogo começou só depois do socorro da BM.

Baixaria

Em entrevista a uma tevê italiana finalmente o zagueiro italiano Materazzi revelou, com todas as letras, a frase que tirou Zidane do sério na última Copa e provocou aquela cabeçada: “depois de segurá-lo em uma falta ele perguntou se queria sua camisa. Respondi que preferia a puta da irmã dele”.

Recomendo

Para os coleguinhas da mídia esportiva, simpáticos ou não à cartolagem, leitura do livro “Jogo Duro”, biografia de Jean-Marie Faustin Godefroid Havelange, escrita pelo jornalista mineiro Ernesto Rodrigues. “João Havelange foi o primeiro a ler esta biografia. E não gostou de tudo que leu...”, escreveu Ernesto nas duas primeiras linhas do prefácio. São mais de 400 páginas, estou no início, mas é muito bom.





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