quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Quinta-feira

Circulando

O presidente interino (ele assina assim) da Comissão de Arbitragem da CBF encaminhou circular a quem interessar possa além dos árbitros, com determinações que têm como objetivo estancar as barbaridades observadas a cada rodada dos Brasileirões, A, B e C. Sérgio Corrêa da Silva é o nome do moço, bem intencionado, se vê pelo teor do documento. Como não acredito em autoridade exercida através de papéis e o inferno está cheio de bons moços, fica o dito pelo não dito. As maldades têm origem no despreparo de quem apita e por causa da omissão de quem os dirige exigindo, portanto, medidas muito além de simples recomendações, praxe desde que o mundo é mundo. Ou desde quando Armando Marques institucionalizou o chilique na CBF.

Na contramão

O presidente do Grêmio, Paulo Odone Ribeiro, chamou a imprensa para divulgar detalhes da negociação de Carlos Eduardo, vendido para o Hoffenheim, segunda divisão da Alemanha. Trata-se de procedimento incomum para um dirigente de clube, acostumados que estamos à nova ordem, a partir da implantação da Lei da Mordaça na maioria das agremiações brasileiras. Se treinamento virou segredo de estado, imaginem compra e venda de jogadores.

O público e o privado

Pelo que tenho lido, visto e ouvido, essa movimentação para trazer a Copa de 2014 para o Brasil ainda vai dar muito pano pra manga, para ficar no popular. Começa pela ampliação automática do mandato de Ricardo Teixeira na CBF, assim que a FIFA confirmar o Mundial no país. Providencial alteração de estatuto promovida pelo maior interessado, o Rei Ricardo. O que está gerando mais discussão, no entanto, são os investimentos necessários em construção e reformas de estádios, serviços e infra-estrutura. Recursos que não dispomos hoje para necessidades básicas e urgentes como educação e saúde. Segurança e transportes vêm a seguir, na companhia de outras carências para as quais não há CPMF que chegue.

Que momento!

Não será fácil para dirigentes, conselheiros e torcedores a comemoração dos 84 anos do Avaí. A campanha ruim na série B do Brasileiro com ameaça de rebaixamento deixa todos na Ressacada com os nervos à flor da pele. A programação divulgada pela assessoria de imprensa do clube é grande, mas a apreensão pela proximidade da tragédia é maior ainda. Cadê ânimo para lembrar história e tradição sedimentadas nesse tempo todo de vida?

Filho de peixe, peixinho

Sabem aquela história de que papagaio come milho e periquito leva a fama pela sujeira que fica? Foi isso que passou matéria da ESPN Brasil sobre o time que representou Balneário Camboriú na divisão de acesso. A Federação Catarinense de Futebol, grande albergue de aventureiros, abrigou a picaretagem de alguns paulistas que da noite para o dia inventaram um clube com o nome do município. O noticiário, claro, misturou alhos com bugalhos e a conta e o calote foram cobrados de quem não devia. E vem mais por aí já que o próximo presidente da FCF é cria da casa e reza pela cartilha do doutor Delfim.

Tempo perdido

Guga veio, viu e venceu. E, apesar do seu sucesso, perdemos a grande oportunidade de produzir novos grandes tenistas. Hoje o país e o Estado estão limitados a esforços pontuais, como o do Instituto do Tênis, em Itajaí, e do Instituto Guga Kuerten, em Florianópolis. O IGK promove torneio esta semana, na sede da Federação Catarinense de Tênis, com envolvimento de 48 crianças na faixa etária de 9 a 14 anos. É pouco para quem teve em quadra o maior tenista brasileiro de todos os tempos.

Dia do Fico

Com juras de amor ao clube e à cidade, Mário Sérgio garante que não vai para o Corinthians. Fica em Florianópolis e no Figueirense em agradecimento ao apoio que recebeu quando estava fora do mercado e quando teve problemas de saúde após uma operação de apêndice. Quanto ao seu relacionamento com a imprensa, nada disse e nada lhe foi perguntado.

Sina

Na primeira fase do Mundial Sub-17 o Brasil só ganhou da Nova Zelândia e Coréia do Norte e perdeu para a Inglaterra. Ontem confirmou o fiasco ao ser eliminado por Gana. A base do futebol brasileiro vai bem nos clubes e muito mal nos times organizados pela CBF. Por que será?







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