terça-feira, 3 de julho de 2007

Terça-feira


Os dois anões

Já aconteceu com Zagalo, Felipão, Parreira e se repete com Dunga, que mais parece o outro anão, o Zangado. Os treinadores da seleção brasileira, sem exceção, tratam a mídia como inimiga e não aceitam perguntas que os deixem contra a parede. Querem só mamão com açúcar, tipo bola quicando pra marcar o gol. Ora, assim até eu. Claro que há vários tipos de repórteres, perspicazes, malas, inteligentes, burros, implicantes, puxa-sacos, os que não perguntam, defendem teses, tem pra todo gosto. Dunga ainda não entendeu isso, basta prestar atenção nas coletivas, que não são entrevistas, são um embate. O assessor de imprensa da CBF precisa intervir urgentemente – como já fez no tempo do Felipão – antes que as relações da mídia com a Comissão Técnica, Dunga especialmente, azedem de vez.

Maionese e ketchup

O tempero, o molho desta seleção, chama-se Robinho. E ninguém mais. Dunga conseguiu reunir para esta Copa América o supra sumo da mediocridade, a começar pelos goleiros. Passada a fase dos amistosos, terminou a lua de mel, principalmente com a mídia. Mesmo levando em conta as ausências anunciadas de Kaká e Ronaldinho e, de última hora, a de Zé Roberto, é triste ver nossa seleção tropeçando diante de meio time reserva do México e, não fosse o Robinho, quem sabe derrotada pelo Chile. E barbas de molho torcedor brasileiro, vem aí o temível Equador.

Goela abaixo

Foi constrangedora a prensa do Pavão Bueno sobre Falcão, para que o comentarista murista revelasse as imposições que sofreu quando foi treinador da seleção brasileira. Bueno, pero no mucho, chegou a falar, em alto e bom som, durante a transmissão de domingo, em “ordens do patrão”, entenda-se como o Rei Ricardo. Falcão, fiel aos seus princípios de não emitir opinião, apesar de ser comentarista da rede de televisão mais poderosa do país, não roeu a corda. Passou o tempo todo sem confessar que foi obrigado a fazer algumas convocações, a pretexto de renovação, como acontece agora. Como o Brasil acabou ganhando de 3 a 0, ficou o dito pelo não dito e foram todos comemorar a façanha de uma única andorinha fazendo verão.

Mapa da mina

Mesmo sofrendo com desfalques importantes, o Figueirense precisa hoje contra o Cruzeiro, em casa, desmanchar a impressão de irregularidade que tomou conta do time de Mário Sério neste Brasileirão. Problema é que do outro lado tem um time em ascensão dirigido por Dorival Jùnior, conhecedor como ninguém da aldeia e dos caboclos que vai enfrentar. A facilidade para os donos da casa, se é que ela vai existir na partida, está na fragilidade de uma zaga desfalcada por lesões, cartões, convocação de Luisão, venda de Gladtsone e escalação de dois juniores. Talvez seja por aí o caminho da recuperação do Figueirense.

Duas pontas

O Criciúma continua líder e o Avaí tenta subir depois de duas vitórias consecutivas. Os dois ganham boa folga, mas voltam a campo para uma maratona estabelecida por essa tabela maluca da série B. No caso do Avaí vamos ver se a torcida pode mesmo confiar na recuperação do time sob as ordens de Alfredo Sampaio. Ressacada de novo só daqui a quinze dias, contra o Paulista. Antes dois jogos em seguida fora de Florianópolis, contra Fortaleza e Gama.

O gato comeu

Que fim levou o processo envolvendo o Joinville pela utilização irregular de jogadores naquele quadrangular Mandrake inventado pela Federação?

Frases

“Futebol deveria ser sempre uma festa para a gente ir com a melhor roupa” Do tempo em que Falcão jogava e falava bem.

Aladim

Os chilenos, apesar de furiosos com a derrota para o medíocre time brasileiro, conseguiram brincar com as estripulias de Robinho: “o gênio brasileiro finalmente saiu da lâmpada”, crivou a manchete de um jornal de Santiago.

Penetras

O que tem de papagaio de pirata nas cerimônias da tocha olímpica, é uma glória. Aparecem desde inexpressivos ex-atletas até cartolas e políticos sempre a postos atrás de uma câmera.



Um comentário:

  1. Mário,

    Leio sempre que possível a coluna, está excelente!!!!
    Um abraço!!

    ResponderExcluir