sábado, 2 de junho de 2007

Sábado

LEITURA CORRETA

Aparentemente é um amontoado de jogadores, do meio campo pra trás, com um solitário atacante lá na frente, perdido entre os zagueiros. É mais ou menos como o Figueirense começou a ser analisado na Copa do Brasil até chegar às finais contra o Fluminense, a última vítima da “tática do bolinho”. Assim alguns setores da mídia trataram durante algum tempo este quase campeão, creditando o sucesso catarinense a uma combinação de retranca com muita sorte, desenvolvida em uma competição esvaziada pela ausência de alguns grandes clubes brasileiros. A tradução correta, no entanto, é completamente diferente: trata-se de uma boa mistura, a experiência do Mário Sérgio, um treinador inteligente, com a juventude e vitalidade de um time que deixa seus adversários no segundo tempo à beira da exaustão. E quase que um planejamento equivocado para o estadual e uma apendicite acabam com esse projeto vitorioso.

ESTREPOLIAS

Como boa notícia não é notícia, a CBF não se cansa de alimentar as pautas esportivas com suas trapalhadas. A mais nova, certamente a penúltima, é a licença de Kaká e Ronaldinho, solicitada solenemente através de carta encaminhada ao Rei Ricardo e companheiros de corte, incluindo o técnico Dunga. E deu no que deu, um amontoado de mal entendidos e caras emburradas. Os dois jogadores não disputarão a Copa América, objetivo do pedido, mas não sem antes causar uma grande turbulência nos dias que antecederam os amistosos contra Inglaterra e Turquia.

PRESTÍGIO

Aquele erro que vitimou o Atlético Mineiro (pênalti contra o Botafogo não marcado) na Copa Brasil parece que não deixou vestígios em Carlos Simon. Depois de uma pequena geladeira da CBF, como árbitro FIFA ele acaba de ser indicado pela Commebol para apitar na Copa América na Venezuela. É a segunda para Simon, que já tem dois mundiais no currículo.

AFUNDAÇÕES

A equipe de natação de Joinville desfalcou a representação de Santa Catarina nos Jogos Abertos Brasileiros, encerrados quarta-feira, em Praia Grande, no litoral paulista. O Estado foi vice-campeão na classificação geral, perdendo para São Paulo, possivelmente pela pontuação que poderíamos conquistar com os nadadores. Esses atletas não viajaram porque a Fundação Municipal de Joinville não fez o repasse das bolsas. Está aí parte da bronca com os investimentos considerados equivocados, um deles no basquete masculino.

COMPARAÇÃO

A segunda divisão do campeonato gaúcho é formada por 16 clubes divididos em duas chaves e garante calendário cheio na temporada. Ao final de uma disputa com fórmula simples e transparente, sobem para a divisão especial apenas os dois primeiros colocados. Em Santa Catarina inventaram um quadrangular tapa-buraco, enquanto a maioria dos clubes, incluindo o campeão estadual, fica sem atividade, a espera de um santo milagreiro. Ou de uma administração mais competente.

CARDÁPIO

Ainda que o Figueirense entre em campo neste sábado com um time reserva para enfrentar o Goiás pelo Brasileiro, imagino bom público no Orlando Scarpelli. A lotação ficará para quarta-feira, na decisão da Copa do Brasil, mas o torcedor vai no embalo da proximidade de um título nacional. Hoje degusta um aperitivo, o prato principal será o Fluminense.

CHAPA QUENTE

Em Porto Alegre, onde estou há alguns dias, acompanho de perto o sobe e desce dos dois principais clubes do Rio Grande do Sul e o reflexo desta gangorra sobre suas torcidas. A do Grêmio vive uma lua de mel com o time, campeão gaúcho e quase finalista da Libertadores. A do Inter, jamais imaginou ascensão e queda tão próximas. É duro campeões sul-americanos e mundiais, encarar um sétimo lugar no campeonato gaúcho, eliminação precoce da Libertadores e quatro derrotas consecutivas, três no Brasileiro e uma na Recopa Sul-Americana. O técnico Alexandre Gallo está de malas prontas. So falta comprar a passagem.

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